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Tufão faz Fukushima recolher água radioativa nesta quinta-feira

A operadora da central nuclear de Fukushima informou, na madrugada desta quinta-feira, que recolheu água radioativa de um canal que conduz ao mar, em um incidente provocado, provavelmente, pelas fortes chuvas do tufão Wipha. Níveis de entre 1.400 e 2.300 becquerels/litro de radiação beta (provocada especialmente por estrôncio 90) foram descobertos na água desse canal, que liga uma zona do lado do morro onde estão instalados depósitos de água radioativa ao oceano Pacífico.

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O nível de 1.400 becquerels/litro foi detectado a cerca de 150 metros do mar, e os índices mais elevados, de 2.000 e 2.300 becquerels/litro, em dois pontos mais acima. «Pensamos que devido ao tufão, a chuva arrastou com ela terra contaminada para o canal», o que elevou a radioatividade, explicou a Tepco (Tokyo Electric Power), que opera o complexo. «Vamos proceder com a limpeza», destacou a companhia, que irá verificar os eventuais efeitos no mar da água radioativa acumulada devido ao acidente nuclear ocorrido em 2011.

Tufão

A passagem do tufão Wipha matou 17 pessoas nesta quarta-feira no Japão. Foram atingidas as ilhas de Honshu e Oshima, informou a polícia.

Ao menos cinco casas foram arrastadas por deslizamentos de terra em Oshima, ilha turística de apenas 8,3 mil habitantes, onde lama, árvores arrancadas e lixo se acumulavam nas ruas após a passagem do tufão. «Funcionários municipais e bombeiros realizam as operações de socorro nas zonas acessíveis», explicou um oficial, acrescentando que várias regiões de Oshima estão sem acesso. As autoridades enviaram à ilha cerca de 50 agentes da polícia especializados neste tipo de operação, a partir de Tóquio, informou a agência japonesa Jiji.

Wipha também atingiu, na madrugada desta quarta, a costa da grande ilha japonesa de Honshu, trazendo fortes ventos e chuvas intensas, especialmente para a região de Tóquio. Na zona da capital, três pessoas estão desaparecidas: dois jovens em uma praia e um homem de 50 anos, cuja casa foi atingida por um deslizamento de terra, segundo as autoridades.

Na central nuclear de Fukushima Daiichi, chovia forte desde a terça-feira, o que aumentava a preocupação com a água radioativa acumulada devido ao acidente nuclear ocorrido em 2011. A operadora Tepco adotou certas precauções, como o reforço dos equipamentos e a vigilância nas zonas inundáveis.

O tufão casou transtorno nos transportes, especialmente em Tóquio, e as companhias aéreas cancelaram cerca de 500 voos. Muitos trens – de alta velocidade e convencionais – também não operaram, anunciaram as ferrovias. As escolas pediram aos alunos que ficassem em casa, do mesmo modo que várias empresas. Em vários pontos de Tóquio e sua periferia ocorreram cortes no fornecimento de energia.

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