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Pai de Snowden desembarca em Moscou para ver filho

O pai de Edward Snowden, o ex-consultor do serviço de inteligência dos Estados Unidos refugiado na Rússia, desembarcou nesta quinta-feira em Moscou para ver o filho pela primeira vez desde que ele se mudou para a capital russa. Lon Snowden desembarcou no aeroporto Sheremetievo de Moscou, onde foi recebido por Anatoli Kucherena, o advogado russo de Edward Snowden, procurado pelo governo dos Estados Unidos, que deseja julgá-lo por espionagem. «Estou em Moscou para ver Kucherena e saber mais sobre a situação de meu filho», declarou Lon Snowden. Ele ainda não sabe se conseguirá ver o filho.

Kucherena, um advogado ligado às autoridades russas, se mostrou muito mais seguro sobre o encontro. «Não divulgaremos a data do encontro nem o local, mas acontecerá em breve», disse à agência de notícias Ria Novosti. Kucherena também afirmou que não sabe quanto tempo o pai de Snowden permanecerá na Rússia.

No dia 1º de agosto, Edward Snowden obteve asilo provisório de um ano na Rússia, depois de ter passado mais de um mês na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo de Moscou, onde desembarcou em 23 de junho, procedente de Hong Kong.

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Desde então, o ex-consultor da NSA (Agência de Segurança Nacional americana), de 30 anos, não é visto em público.

Minas e Energia

Na semana passada, novos documentos revelaram que o Ministério de Minas e Energia foi alvo de espionagem, mas por parte do Canadá. Os papéis foram entregues pelo ex-agente Edward Snowden ao jornalista Gleen Greenwald, do jornal britânico “The Guardian”. Os telefones, e-mails e uso da internet teriam sido mapeados com detalhes pela Agência de Segurança Canadense.

Para o ministro Edison Lobão, a ação demonstra o interesse do país nos assuntos brasileiros, sobretudo no setor mineral, e merece repúdio.

Dilma
Em agosto, dados liberados por Snowden mostraram que a presidente Dilma Rousseff e seus assessores eram vigiados pela NSA, a Agência de Segurança dos Estados Unidos.

As denúncias fazem referência a um documento atribuído à agência, segundo o qual comunicações da presidente Dilma Rousseff foram monitoradas, assim como as do mexicano Enrique Peña Nieto, então candidato à presidência.

Por causa da suspeita de espionagem, a presidente adiou a viagem que faria aos Estados Unidos este mês.

Petrobras
Após vir à tona que a presidente Dilma Roussef era alvo dos norte-americanos, foram divulgadas informações de que a NSA também espionou e levantou informações sobre a Petrobras.

A revelação só foi possível a partir de documentos vazados pelo ex-agente da CIA Edward Snowden, atualmente exilado em Moscou, na Rússia.

A comprovação pôs fim à teoria do governo americano de que a o órgão se dedica exclusivamente ao combate do terrorismo.

Dias antes, a agência havia declarado ao jornal americano «The Washington Post» que «não se engaja em espionagem econômica em qualquer área». A veracidade da informação é questionada a partir dos documentos inéditos, em que o nome da petroleira estatal é citado pelo menos quatro vezes.

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