O presidente russo, Vladimir Putin, pediu, nesta quarta-feira, aos países ocidentais que apresentem na ONU provas convincentes do suposto uso de armas químicas na Síria e disse que Moscou atuará «de maneira mais decisiva» caso fique comprovado o responsável. «Se existem provas de que armas químicas foram usadas, pelo exército, essas provas devem ser apresentadas ao Conselho de Segurança da ONU[Organização das Nações Unidas]. E têm que ser convincentes», disse Putin em uma entrevista um dia antes da reunião do G-20 em São Petersburgo. «As provas não têm que ser baseadas em boatos ou informações recebidas pelos serviços secretos», completou.
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Moscou é um dos principais apoios do regime de Bashar al-Assad e bloqueia, há dois anos, ao lado da China, qualquer tentativa de resolução de condenação na ONU. O governo dos Estados Unidos, por sua vez, acusa o regime sírio de um ataque com armas químicas em 21 de agosto.
«Segundo o direito internacional, apenas o Conselho de Segurança da ONU pode decidir o uso de armas contra um Estado. Em caso contrário, o uso da força contra um Estado independente e soberano seria inaceitável e apenas poderia ser classificado de agressão», disse Putin.
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Washington anunciou que está disposto a atacar, sem o aval da ONU, mas o presidente americano Barack Obama deseja obter primeiro a aprovação do Congresso para uma ação «limitada», que poderia acontecer dentro de 10 dias.
Putin confirmou ainda que a Rússia forneceu alguns elementos do sistema de mísseis S300 à Síria, mas destacou que no momento as entregas estão suspensas.