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Estados Unidos preparam ofensiva militar na Síria

Destróier USS Barry lança míssil no Mar Mediterrâneo, em 2011. A embarcação poderia ser utilizada na ação | u.s. navy/ Divulgação
Destróier USS Barry lança míssil no Mar Mediterrâneo, em 2011. A embarcação poderia ser utilizada na ação | u.s. navy/ Divulgação

Os Estados Unidos estão prontos para uma intervenção militar na Síria, faltando apenas o aval do presidente Barack Obama. A ação, em parceria com aliados ocidentais, deve ocorrer nos próximos dias, atingindo alvos específicos com mísseis.

“Já realizamos movimentos no local para sermos capazes de cumprir qualquer decisão que o presidente tome”, afirmou o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, em entrevista à BBC. “Estamos prontos.”

Não há um prazo para a operação, mas, segundo fontes da oposição síria reunidas na Turquia, a ofensiva deve ser realizada em breve.

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A Casa Branca ressaltou que a intervenção não tem por objetivo derrubar o regime de Bashar Al Assad. De acordo com reportagem do “The New York Times”, a meta tampouco é atingir os lugares onde são armazenadas as armas químicas.

A maioria dos analistas espera ações “cirúrgicas”, com bombardeios aéreos em bases militares das tropas sírias. Outra possibilidade é que sejam usados apenas mísseis de cruzeiro, disparados a partir de navios e submarinos posicionados na região. “Essa é uma forma de evitar eventuais baixas do próprio lado”, lembra o analista sueco independente Aron Lund.

 

Aliados

Caso Obama autorize a intervenção na Síria, ele terá o apoio da França e do Reino Unido. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, interrompeu suas férias para tratar do assunto. O parlamento do país debate, amanhã, a autorização para uma intervenção.

Na França, o mandatário François Hollande apoiou a iniciativa. “Estamos prontos para punir os que tomaram a decisão de atacar essas pessoas inocentes com gás”, declarou. Os EUA também têm o suporte da Turquia, da Liga Árabe, do Canadá e da Austrália.

Ainda assim, a operação pode trazer uma série de riscos. “Os aliados da Síria (como o Hezbollah, no Líbano) poderiam orientar ataques a alvos americanos, mesmo sem reconhecer a autoria”, diz Aron Lund.

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