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Editorial – Posição humilhante

Quando as tropas de Evo Morales invadiram a área da Petrobras na Bolívia, no episódio da expropriação da refinaria, o nosso governo não só desculpou a ação do vizinho, como também quase pediu desculpas pelo incômodo.

A subserviência de Brasília diante do governo Evo Morales nos reservaria outros episódios vergonhosos – como a negociação do preço do gás que atendia mais aos interesses bolivianos do que aos brasileiros e o desrespeito, que nos obrigaram a engolir, de agentes de La Paz vasculhando o avião de autoridades brasileiras.

Mas nessa já longa história de rendição aos desejos do presidente Morales, nada foi tão covarde como aceitar medrosamente que um salvo-conduto não fosse concedido ao ex-senador da oposição boliviana – finalmente resgatado graças a algumas ações individuais. E só falta agora extraditá-lo para completar o descalabro.

Além da humilhante posição brasileira em si, nosso país se constrangeu também pela traição de uma história ética e humanitária que sempre marcou o Itamaraty.  Era um orgulho para os brasileiros. Agora, é uma vergonha.
Grupo Bandeirantes de Comunicação

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