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O líder opositor tunisiano Mohamed Brahmi foi morto a tiros na porta de casa, no segundo assassinato político deste ano no país. O crime desencadeou intensos protestos na capital, Túnis, e em outras grandes cidades. Os manifestantes acusam o governo islâmico de negligência.
“Essa quadrilha matou a voz livre de Brahmi”, denunciou a viúva, Mbarka, sem dar detalhes sobre quem poderia estar por trás do assassinato. A irmã do político, Souhiba, disse que o partido governista, o Ennahda, é responsável pelo crime.
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Brahmi pertencia à legenda secular nacionalista Frente Popular, cujo então líder, Chokri Belaid, foi morto de maneira semelhante, em 6 de fevereiro. A execução deu origem aos maiores protestos desde a queda do ditador Zine al-Abidine Ben Ali, em 2011.
Ontem, uma multidão seguiu o corpo de Brahmi, que foi levado para autópsia. Havia soldados e policiais, mas muitos manifestantes quebraram carros e janelas. “As pessoas estão com muita raiva”, contou um morador.
A execução chamou a atenção da comunidade internacional. Os Estados Unidos pediram uma investigação “transparente e profissional.”