Motor

Sandero com novo motor 1.6 promete economia

O Renault Sandero, agora com o novo motor 1.6 da parceira Nissan chamado de SCe-Smart Control Efficiency, entrega o que o pomposo nome promete. A potência saltou para 118cv com 16 kgf.m de torque. Mas o mais importante. Conseguiu uma dupla nota A em eficiência energética, graça ao consumo aferido de 8,6 km/l (etanol) e 12,8 km/l (gasolina) no ciclo urbano. Na estrada é de 9,2 km/l (etanol) e 13,4 (gasolina).

A dupla nota A vale tanto para a comparação na categoria, quanto com todos os outros modelos. Porém, o sucesso na economia de combustível não é fruto apenas das melhorias do motor. A direção é elétrica não fica mais constantemente roubando força do motor, pois o alternador escolhe os momentos de desaceleração para carregar a bateria e o sistema stop/start desliga o motor nas paradas.

Um detalhe estranho é que o motor não desliga ao parar. É necessário colocar em ponto morto e tirar o pé da embreagem para começar a economia. Mas o tanquinho de partida a frio foi esquecido e permanece como um fóssil dentro do capô.

Recomendados

O desempenho é bom, com ligeira sobra de potência no uso familiar comportado e agradável disposição em baixas rotações, bastando uma leve pisadinha no acelerador para responder com agilidade e leveza.

No interior, o banco do motorista corre pouco e o trilho acaba antes que os mais altos consigam uma perfeita acomodação para as pernas. O volante regulável apenas em altura fica muito à frente em relação aos pedais, forçando o motorista colocar o encosto muito na vertical para ter os braços bem posicionados.

Com 1,84m, não consegui um bom ajuste. Na traseira, boa largura para dois adultos e uma criança em assento baixo que não apóia bem as coxas e falta espaço para os joelhos. O porta-malas tem capacidade para 320 litros.

O interior é extremamente espartano, sem nenhuma superfície acolchoada fora os assentos, em tecido com reflexos azuis, de gosto controverso. No painel de instrumentos não há medidor analógico de temperatura, o que impede a percepção de comportamento anormal do motor antes que a luz-espia se acenda e o veículo tenha que ser imobilizado imediatamente.

Outro detalhe que deixa a desejar é a falta de iluminação no botão de ajuste dos retrovisores externos, que no escuro só encontra quem está costumado. O sistema de som tem CD palyer com mp3 e bluettoth, mas miltimídia com tela touch, GPS e sensores de estacionamento são opcionais.

O funcionamento geral é silencioso. A suspensão é firme e absorve bem as irregularidades típicas das ruas e estradas brasileiras. Nas curvas, ele manda bem, com sobra para o dia-a-dia familiar. A transmissão manual com cinco marchas tem bons engates, mas “embucha” se forem tentadas mudanças muito rápidas, melhor cambiar com calma e parcimônia.

Na segurança, além dos itens exigidos por lei, nada presente que mereça comentário. O modelo fica devendo cinto de segurança de três pontos e encosto de cabeça para o passageiro traseiro central. Quanto ao comportamento em colisões, o Sandero foi muito mal no último teste realizado pela LatinNCAP, em 2012, quando recebeu apenas uma estrela. Com consideráveis diferenças, o irmão romeno fabricado pela Dacia levou três estrelas em 2013 na LatinNCAP.

Ficha técnica
Hatch compacto com quatro portas e capacidade para cinco ocupantes

Onde é feito? Brasil, São José dos Pinhais – PR.

Quanto custa? A versão testada, 1.6 Dynamique parte de R$ 54.300,00.

Com quem concorre? Embora significativas diferenças, os principais concorrentes custam: Chevrolet Onix 1.4 LTZ, Hyundai HB 20 e Volkswagen Fox 1.6 Confortline.

Desempenho: Velocidade máxima 185 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos.

Pontos positivos: Desempenho, conforto e estilo.

Pontos negativos: Suspensão barulhenta e teto traseiro baixo.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos