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Moderninho, Fiat Argo chega para brigar com Onix e HB20

Teste de um carro tem que começar abrindo-se a porta. O óbvio, no caso do Argo, foi revelador e remete ao pensamento do mineiro Toninho da Matta, que foi um dos melhores pilotos brasileiros. Ele diz que, mesmo ao dirigir um carro na reta, dá para sentir seu comportamento na curva.

A porta se fecha silenciosa, precisa e macia. Coisa de modelo germânico premium e que deu para pressentir o salto de qualidade da Fiat no projeto do Argo, provavelmente o melhor carro já produzido pela marca no Brasil.

O hatch médio substitui Punto e Bravo e tem condições de disputar com Hyundai HB20 e Chevrolet Onix a liderança do mercado brasileiro. Seu acabamento é primoroso, a eletrônica atualizada, a mecânica incorpora conceitos atuais e não fica nada a dever em termos de segurança. Tem medidas semelhantes aos hatches da Hyundai e GM, mas o capricho no projeto resultou em superioridade no espaço interno e volume do porta-malas.

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O estilo não é arrojado mas moderno e agrada a gregos e troianos. Tem um pouco do Mobi, do novo Tipo italiano e detalhes de Alfa Romeo na traseira.

Rodar com o Argo traz o prazer de dirigir uma «macchina» e se percebe o inigualável acerto italiano que deixa a suspensão macia e confortável, mantendo ótima estabilidade. O carro transmite sensação de solidez difícil de ser percebida (até então) num Fiat.

Desta vez a engenharia de Betim não aproveitou quase nada de antigos projetos e investiu numa nova plataforma com maior rigidez torcional. O carro passa a impressão de ter sido projetado para abrigar um haras bem mais poderoso sob o capô.

São três motorizações: 1.0 tricilíndrico (77 cv), 1.3 de quatro cilindros (109 cv) e o 1.8 de 139 cv, mesmo da picape Toro. O primeiro só oferece câmbio manual, o segundo dispõe também de um automatizado (um Dualogic de nova geração chamado GSR). O mais potente vem equipado ainda com uma caixa automática tradicional de seis marchas. Ou seja, nada de soluços.

O painel é moderno e no centro está uma tela multimídia destacada de 7″ que copia a solução do novo Mercedes Classe A é capaz de ler celulares IOS ou Android.

O Argo mira também o Polo, que a Volkswagen volta a fabricar no Brasil ainda este ano. E, assim como os alemães já anunciaram sua versão sedã (vai se chamar Virtus), os italianos confirmam esta versão do Argo a ser produzida no início de 2018 na Argentina.

O modelo de melhor relação custo/benefício será o 1.3, até por ter preços coerentes com os concorrentes. O 1.0, começando de R$ 46.800, ficou salgado em relação ao HB20, por exemplo.

No lançamento para a imprensa, não estava disponível o 1.0: esperteza da Fiat pois seus 77 cv vão sofrer com seus 1.200 kg. O desempenho do 1.3 é muito bom e do 1.8 melhor ainda. Mas, tudo tem seu preço.

Preços sem opcionais:

  1. Fiat Argo 1.0 Drive manual: R$ 46.800
  2. Fiat Argo 1.3 Drive manual: R$ 53.900
  3. Fiat Argo 1.3 Drive automatizado: R$ 58.900
  4. Fiat Argo 1.8 Precision manual: R$ 61.800
  5. Fiat Argo 1.8 Precision automático: R$ 67.800
  6. Fiat Argo 1.8 HGT manual: R$ 64.600
  7. Fiat Argo 1.8 HGT automático: R$ 70.600

*A Fiat não divulgou o preço da versão 1.8 Opening Edition Mopar, limitada a 1.000 unidades.

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