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Prefeitura pode proibir remuneração por entrega em aplicativos na capital

A Prefeitura de São Paulo pode exigir que empresas de entrega por aplicativo acabem com a remuneração por serviço. A prática é apontada como uma das causas para o aumento das mortes de motociclistas na cidade.

Rádio Bandeirantes conversou com motoboys que costumam esperar as chamadas num ponto na Rua dos Pinheiros, perto de escritórios e restaurantes. Muitos desistiram de procurar emprego formal e chegam a trabalhar até 17 horas por dia para ganhar R$ 140, fora os custos com combustível, por exemplo.

No ano passado, quase metade dos mortos no trânsito da capital estava em cima de duas rodas: 42%. Uma das explicações, de acordo com especialistas, é o aumento do trabalho informal, entre eles, o dos entregadores.

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Pelo menos 60 mil motos se somaram ao trânsito paulistano nos últimos três anos, segundo o presidente do Sindicato dos Motoboys. A maioria ganha por entrega, não por hora trabalhada, o que aumenta o risco de acidentes, afirma Gilberto Almeida dos Santos.

A prefeitura diz que está negociando com as empresas de aplicativos mudanças no modelo de remuneração dos motoboys.

Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, o secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, foi taxativo, ao revelar o que já disse às empresas: “Se vocês insistirem na linha de beneficiar a produtividade, vão perder o serviço em São Paulo. Alguma forma São Paulo vai encontrar porque nós precisamos pensar sempre na segurança”.

As principais empresas do setor de entrega por aplicativos foram procuradas pela Rádio Bandeirantes. Única a responder, a Rappi apenas confirmou que mantém conversas com a prefeitura.

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