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Marinheiro do beijo ao fim da 2ª Guerra Mundial morreu neste domingo; confira a história e as polêmicas da foto

Uma foto tirada no dia 14 de agosto de 1945, após a rendição do Japão aos Estados Unidos, tornou-se o símbolo da euforia após o término da II Guerra.

Uma foto tirada no dia 14 de agosto de 1945, após a rendição do Japão aos Estados Unidos, tornou-se o símbolo da euforia após o término da 2ª Guerra Mundial. A imagem, feita pelo renomado fotógrafo Alfred Eisenstaedt e publicada na revista LIFE, mostra um beijo dramático entre um marinheiro e uma enfermeira, no meio da Times Square, durante uma celebração do fim da guerra.

A identidade do casal foi desconhecida por anos, até 1980, quando Greta Friedman e George Mendonsa foram apontados como os protagonistas da imagem.

Neste domingo, 17 de fevereiro, George Mendonsa, marinheiro da Marinha dos Estados Unidos, faleceu aos 95 anos, em um asilo em Rhode Island, EUA. Mendonsa sofreu uma queda seguida de convulsão e veio a falecer, segundo o tabloide americano TMZ.

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George morava no abrigo com sua esposa, afirmou a filha ao Providence Journal. Ele comentou sobre a ocasião da foto em entrevista ao CBS News. «Estava eufórico pela guerra ter acabado, e também tinha bebido um pouco. Então quando vi a enfermeira, eu a agarrei e a beijei», contou.

Já a enfermeira, Greta, faleceu em 2016, aos 92 anos. Ela disse que nunca havia visto o marinheiro antes, e foi pega de surpresa pelo beijo. «De repente, eu estava sendo agarrada por um marinheiro», contou. «Eu não o vi chegando, e antes que pudesse perceber eu estava presa».

Ambos se reuniram para um especial na CBS News, em clima amigável. No entanto, há quem argumente que, pelo beijo não ter sido consensual e pela enfermeira ter sido pega de surpresa, o ocorrido foi na verdade um ato de assédio.

Em coluna no site O Globo, Flávia Oliveira opina que a posição de ambos sugere muito mais um ato de violência que amor, ou paz. «O braço esquerdo de Mendonsa imobiliza o pescoço de Greta para forçar o beijo na boca. É quase um mata-leão. A mão direita da jovem não enlaça, tenta empurrar o marinheiro. O braço esquerdo, punho se fechando, prepara a reação», descreve. «Embriagado pela atmosfera de paz, o mundo não atentou para os detalhes da foto. Enxergou afeto onde havia violência.»

Ainda, a real identidade das duas figuras não é completamente certa. Múltiplas outras pessoas declararam ser o marinheiro e a enfermeira da foto: Glenn Edward McDuffie chegou a ter fotografias suas comparadas à do beijo, e foi tido por alguns anos como o real marinheiro; enquanto a enfermeira Edith Shain enviou cartas ao próprio fotógrafo afirmando ser a mulher da imagem.

O momento foi capturado por diversos outros fotógrafos em outros ângulos, porém a que ganhou fama ao ser publicada foi mesmo a de Alfred Eisenstaedt, nomeada «V-J Day in Times Square».

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