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“Justiça para os ricos”: advogada da vítima de Dani Alves critica decisão de libertar jogador

Jogador ganhou direito à liberdade provisória

Cárcel en la que está Dani Alves
Prisão onde Dani Alves está preso (Departament de Justícia)

A advogada Ester García, advogada que defendeu a vítima de estupro no julgamento do brasileiro Dani Alves, disse que está surpresa e indignada com a decisão do Tribunal de Barcelona de conceder a liberdade provisória a ele jogador. “Estão fazendo justiça para ricos”, disse.

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Dani Alves foi condenado em fevereiro a quatro anos e meio de prisão, menos do que a metade do que foi pedido pela advogada da vítima, e menos de dois meses após o veredicto já poderá deixar o cárcere, desde que pague a fiança de cerca de R$ 5,4 milhões. “É um escândalo que deixem em liberdade uma pessoa que consegue um milhão de euros do nada”, disse Ester ao ser questionada pela imprensa espanhola.

Apesar de poder sair imediatamente da cadeia, bastando apenas pagar a fiança milionária, o futuro do jogador pode não ser tão simples como ele imagina. Primeiro por que Ester disse que vai recorrer da decisão, e segundo por que a decisão de libertá-lo não foi unânime, um dos juízes votou por deixá-lo preso e lembrou aos demais membros da corte que a pena dele, inclusive, pode subir após a análise dos recursos do advogado da vítima e do Ministério Público.

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Enquanto isso não acontece, o maior problema de Dani Alves é apenas conseguiu o mais rápido possível o dinheiro para pagar a fiança. Segundo a imprensa espanhola, o jogador estaria inclinado a usar mais uma vez o pai do jogador Neymar para conseguir um empréstimo rápido para conseguir o dinheiro, já que sua fortuna, apesar de liberada pela Justiça, ainda está presa na burocracia do judiciário.

Além de pagar a fiança, Dani terá que cumprir algumas medidas impostas pela Justiça, como entregar seu passaporte brasileiro e espanhol, manter uma distância mínima de 1 km da casa e do trabalho da vítima, não sair da Espanha e comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona, ou quantas vezes mais forem determinadas pela Justiça do país.

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