Depois de longo período de estagnação, o ensino médio progrediu no país e registrou o seu maior avanço da história. Ainda assim, o ciclo segue longe de alcançar a meta de entregar a educação de qualidade que se espera.
Os dados que mostram o avanço foram divulgados ontem pelo Ministério da Educação e fazem parte do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) – mais importante indicador de aprendizagem, que avalia o desempenho dos alunos em língua portuguesa e matemática.
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A nota média do país no ensino médio (considerando as redes públicas e privadas), que não evoluía mais do que 0,1 ponto desde 2005, cresceu 0,4 entre 2017 e 2019 e passou de 3,8 para 4,2. A expansão não foi suficiente para atingir a meta de 5 pontos.
O avanço no ensino médio foi verificado em todos os estados e foi mais expressivo do que o crescimento no ensino fundamental (veja ao lado).
Presidente do Todos pela Educação, Priscila Cruz disse que os resultados refletem mais a política dos estados do que uma coordenação do ministério. “Felizmente, há mais de foco e pragmatismo observados nos estados. O aumento de escolas de tempo integral e a obrigatoriedade de 1.000 horas por ano (antes eram 800), ajudam a explicar.”
Priscila, no entanto, fez um alerta: “Com a pandemia, podemos esperar resultados piores no Ideb 2021. Infelizmente. Portanto, a reação precisa ser fortíssima”.