As denúncias de violência contra crianças e adolescentes caíram durante a pandemia, mas especialistas associam a queda à subnotificação. Um levantamento do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos aponta que entre março e junho, foram registrados 26.416 casos.
ANÚNCIO
O volume representa uma queda de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram feitas 29.965 denúncias do tipo.
Recomendados
Netflix: o emocionante filme baseado em uma história real que vai deixar uma grande lição
O que é o câncer inguinal que matou o vocalista Anderson Leonardo, do grupo Molejo
Vocalista do Molejo, Anderson Leonardo morre aos 51 anos no RJ
Veja também:
Prefeitura de São Paulo anuncia medidas de controle para invasão de pernilongos
Bolsonaro efetiva Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente afirmou que queda a tem relação direta com o isolamento social. Maurício Cunha acredita que a quarentena acabou dificultando o processo de denúncia.
Para Victor Graça, gerente-executivo da Fundação Abrinq, houve a diminuição dos registros porque em muitos casos o agressor mora na mesma casa da vítima. Um outro aspecto apontado pelos especialistas é a suspensão das aulas presenciais. Segundo o juiz Iberê de Castro Dias, a escola é um importante meio encontrado pelas crianças e adolescentes que precisam denunciar.
De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos, esse tipo de denúncia tem andado na contramão das demais do Disque 100 este ano. Nos registros de violência contra a mulher, por exemplo, houve aumento de 37%. Já nos de idosos e pessoas com deficiência, o crescimento foi de 47%.