A ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB), filha de Roberto Jefferson, se apresentou na tarde desta sexta-feira, 11, para ser presa. Ela não estava em casa de manhã, quando foi alvo do mandado de prisão preventiva em sua casa, na zona sul do Rio. Pré-candidata à Prefeitura, Cristiane é acusada de desvios em contratos da Fundação Leão XIII, que é voltada para a assistência social.
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Ao se dirigir para a Secretaria de Polícia Civil, no Centro, ela gravou um vídeo em que critica a operação e a associa a «interesses políticos». Lembrou, nesse contexto, que os também pré-candidatos Marcelo Crivella (Republicanos) e Eduardo Paes (DEM) foram alvo de buscas e apreensões nesta semana. «É um absurdo que uma denúncia antiga, de 2012, 2013, esteja sendo cumprida agora. Um mandado de prisão preventiva contra mim, faltando dias para a eleição», disse.
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A ex-deputada aproveitou para comparar sua prisão preventiva com a situação de Pastor Everaldo (PSC), envolvido nos supostos esquemas de corrupção do governo de Wilson Witzel.
Para Cristiane, o governador afastado está por trás da operação desta sexta. «Pastor Everaldo, que agora está sendo acusado de desviar milhões da Saúde do governo do Witzel, que eu tenho certeza que está por trás dessa confusão toda aqui para me prender, até ele foi preso em prisão temporária de cinco dias, depois mais cinco dias antes de transformar em preventiva», apontou.
A suposta participação de Cristiane nos desvios da Fundação Leão XIII, que é vinculada ao governo estadual, teria se dado entre os anos de 2013 e 2017, quando ocupou pastas na Prefeitura da capital, nas gestões de Paes e Crivella. Ela teria recebido propina durante o funcionamento do esquema de fraudes em licitações.
Nesta sexta pela manhã, também foi preso o atual secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes (PSC). O mandado previa prisão preventiva, mas Pedro mostrou um teste positivo de covid-19 e conseguiu ficar em domiciliar.