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Eficácia da CoronaVac será conhecida a partir de outubro

O governo de São Paulo projetou na quarta-feira (9) começar no mês que vem as análises sobre a eficácia da vacina CoronaVac e reafirmou ter condições de disponibilizar até o fim do ano 46 milhões de doses para que o Ministério da Saúde defina um cronograma e inicie a vacinação já em dezembro.

Desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o imunizante está na fase 3 dos testes – a última antes da aprovação – e está sendo experimentado também no Brasil, em estudo que vai envolver até nove mil voluntários.

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Presidente do Butantan, Dimas Covas disse que as análises que vão demonstrar ou não a eficácia da vacina nos testes feitos no país serão realizadas a partir de 15 de outubro. As doses começaram a ser aplicadas em 21 de julho e ainda não provocaram grandes reações adversas nos voluntários.

“Em dezembro, teremos 46 milhões de doses disponíveis. Caberá ao Ministério da Saúde definir os grupos prioritários e iniciar a vacinação. Esse número não será suficiente, mas é só o início. Se houver manifestação do ministério nesse sentido, podemos chegar a 100 milhões de doses até maio.”

Nos últimos dias, a Sinovac informou que os estudos na China demonstraram que a dose intermediária da vacina foi capaz de induzir a produção de anticorpos em mais de 90% dos idosos testados. O número é inferior a resposta imunológica entre jovens e adultos, que tem ficado mais perto dos 100%.

Dimas Covas afirmou, no entanto, que é equivocada a leitura de que a vacina seria menos eficaz entre os idosos. “Pelo contrário, é um resultado muito bom e superior a outras vacinas, como a da influenza, que às vezes não chega nem a 90%.”

Ele afirmou que o processo de desenvolvimento da CoronaVac “está evoluindo muito rapidamente” e que está “esperançoso” de que os prazos serão cumpridos. “É uma perspectiva realista, com base nos fatos.”

Dimas Covas afirmou torcer para que outros imunizantes tenham sucesso porque o país vai precisar de mais do que uma opção. “O Brasil tem uma população muito grande e uma só vacina não será suficiente para toda a população.”

Mais uma em teste

A empresa norte-americana Covaxx anunciou ontem a intenção de fazer no Brasil testes da sua vacina anticovid. Os experimentos seriam iniciados a partir de novembro, em parceria com o laboratório brasileiros Dasa, e envolverão três mil voluntários. A pesquisa está atualmente na fase 1  dos testes, em Taiwan (leia mais na página 4).

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