Uma série de e-mails trocados entre funcionários do Flamengo revelaria que, nove meses antes do incêndio, o clube já sabia dos perigos do alojamento. A informação foi confirmada pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro após revelação do UOL nesta quarta-feira (9).
ANÚNCIO
Em 8 de fevereiro de 2019, dez jovens atletas da base do clube morreram após os contêineres onde dormiam pegarem fogo. Nas mensagens, a organização já discutia a necessidade de substituir as instalações elétricas nos alojamentos.
Recomendado:
Justiça do RJ acata denúncia contra três pessoas por ataque de pitbulls a escritora Roseana Murray
Padrinho de casamento é achado morto no RS; ele se despediu da família em áudio: “Só por Deus”
Caramelo: famosos como Felipe Neto e Giovanna Ewbank querem adotar cavalo que ficou ilhado no RS
LEIA MAIS:
Brasil registra 35,8 mil casos e mil mortes em 24 horas; veja balanço da covid-19 desta quarta
Ministério da Justiça notifica supermercados e empresas por alta nos preços da cesta básica
De acordo com a instituição, os textos também comprovam que havia conhecimento do risco de vida a que estavam submetendo os adolescentes que ali dormiam, e que nada se fez para evitar a morte de dez jovens e as lesões em tantos outros.
“Os e-mails mostram que os representantes do Flamengo (em especial o gerente e o diretor responsáveis pela administração do CT) tinham ciência, desde maio de 2018, das gambiarras nas instalações elétricas do alojamento da base, tendo o gerente dito que as instalações foram feitas no esquema ‘faça-de-qualquer-jeito’», informou em nota a Defensoria.
“Esses documentos são a prova inconteste da responsabilidade do clube e serão anexados à ação coletiva. A Defensoria Pública continuará buscando a reparação integral dos danos causados pela tragédia no Ninho do Urubu”, concluiu a nota.
O Flamengo foi procurado, por meio de sua assessoria, para se posicionar sobre a revelação da troca dos e-mails, mas informou que não irá se manifestar.