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Justiça quebra sigilo telefônico de 31 PMs investigados por operação contra baile funk em Paraisópolis

A Justiça de São Paulo quebrou o sigilo telefônico de 31 policiais militares investigados pela operação que deixou nove mortos no baile da DZ7 em Paraisópolis, zona sul da capital paulista, em dezembro de 2019.

O laudo da perícia aponta que os nove jovens foram mortos asfixiados por pisoteamento nas vielas de Paraisópolis. A promotora Luciana André Jordão Dias, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, solicitou a quebra de sigilo dos policiais. Ela alega que reuniu provas suficientes para denunciar os PMs por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

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Os policiais, no entanto, afirmam que uma perseguição se iniciou no baile após um motoqueiro atirar nos agentes. Eles afirmam que foram atacados pelos frequentadores da DZ7 com pedras e garrafas e tiveram que reagir com bombas de gás lacrimogêneo. Imagens gravadas na ocasião mostram policiais espancando jovens em becos da comunidade.

“Em primeiro lugar, [a PM] tem o dever de proteção, e se alguém chega e dá fuga em massa a cerca de 5 mil pessoas em vielas que só passam quatro pessoas, obviamente se antevê a possibilidade da morte daquelas pessoas pisoteadas ou asfixiadas porque elas não têm como sair por aquelas vias de acesso”, diz a promotora.

Se forem denunciados por homicídio doloso, os PMs vão a júri popular.

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