Foco

5º inquérito sorológico em São Paulo vê estabilidade no alcance da covid-19

A cidade de São Paulo tem 1,3 milhão de pessoas imunes ao coronavírus Sars-CoV-2, responsável pela doença covid-19. O número é apontado pelo quinto inquérito sorológico da Prefeitura de São Paulo, divulgado em coletiva nesta quinta-feira (27).

A prevalência na capital paulista é de 11%. Foi feito um sorteio aleatório simples para selecionar 5.760 paulistanos com mais de 18 anos que moram nos arredores de uma das 472 UBS (Unidades Básicas de Saúde) da cidade. Os exames foram realizados pelo Labzoo (Laboratório de Zoonoses e Doenças Transmitidas por Vetores).

QUER RECEBER A EDIÇÃO DIGITAL DO METRO JORNAL TODAS AS MANHÃS POR E-MAIL? É DE GRAÇA! BASTA SE INSCREVER AQUI.

Recomendados

Veja também:
Câmara aprova projeto que afasta gestantes de trabalho presencial na pandemia
Cidade de São Paulo tem 12,3 milhões de habitantes, diz IBGE

São consideradas imunes ao coronavírus Sars-CoV-2 as pessoas que já contraíram a doença, estejam elas recuperadas ou não. O resultado do quinto inquérito, com testes feitos até dia 17 de agosto, foi similar ao levantamento anterior – que também indicava 1,3 milhão de infectados, com 10,9% de prevalência.

“Os números estão próximos das fases anteriores, o que mostra uma tendência de estabilidade mesmo com todo o processo de abertura econômica que nós tivemos no município”, explica o secretário da Saúde, Edson Aparecido.

No balanço mais recente da prefeitura, de quarta-feira (26), considerando apenas casos comprovados por teste, a capital paulista já acumula 289.064 diagnosticados com covid-19. Até o momento, 11.192 pessoas morreram pela doença.

Perfil do infectado

“A covid-19 afeta mais os menos favorecidos, os menos esclarecidos e os menos abastados”, comentou o prefeito Bruno Covas (PSDB), ao avaliar os dados da nova fase do inquérito sorológico. Ao analisar faixas etárias, a maior prevalência está entre as faixas de 18 a 34 anos (13,1%) e 35 a 49 anos (12%). Paulistanos pretos e pardos tem duas vezes mais chances de contrair a covid-19 do que brancos – prevalências de, respectivamente, 15,1% e 7,5%.

Já aqueles que integram as classes socioeconômicas D e E (18,2%) tem prevalência quatro vezes maior do que os das classes A e B (4,4%). Entre os que se declararam desempregados, 18,1% tiveram teste positivo para a doença. Entre os que trabalham fora de casa, o índice de contaminação foi de 11,9%, e, entre os que trabalham em casa, apenas 4,4% foram infectados.

A prevalência é maior nas áreas de menor IDH da cidade. Segundo a prefeitura, áreas com IDH mais alto tiveram apenas 6,2% de prevalência, na faixa de IDH intermediário, o índice sobe para 12,1% e, nas áreas com menor IDH, salta para 14%.

“Se por um lado há a confirmação dessa tendência, que jogou luz sobre a desigualdade na cidade, há também a tendência da manutenção do índice de prevalência. A prefeitura começou a promover a flexibilização, mas as pessoas estão mantendo a preocupação e o respeito às normas. Estamos conseguindo reabrir sem um segundo pico da doença na cidade”, disse Covas.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos