A Justiça Federal do Paraná manda bloquear até R$ 6 milhões do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rêgo Filho. O ex-senador é um dos alvos da fase 73 da operação Lava Jato, desencadeada nesta terça-feira (25) pela Polícia Federal.
Os agentes também cumprem 15 mandados de busca e apreensão em Brasília e em três cidades da Paraíba. As ações foram determinadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin remeter o inquérito para a primeira instância, a partir da alteração do entendimento em relação ao foro privilegiado.
A Polícia Federal investiga um esquema de formação de cartel e pagamento de propinas. O ex-senador Vital do Rêgo Filho, então presidente da CPMI da Petrobras, é suspeito de receber propinas para deixar de convocar investigados a depor.
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O ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, afirmou em colaboração premiada que pagou cerca de R$ 3 milhões ao ex-parlamentar para que executivos da empreiteira não fossem convocados pela Comissão. Os pagamentos, segundo o delator, foram feitos a partir de doações ao diretório nacional do MDB, repasses à Construtora Planície e repasses à empresas Câmara & Vasconcelos.
Além do ministro Vital do Rêgo Filho, também são alvos da fase 73 da Lava Jato o assessor do TCU Alexandre Costa de Almeida, o executivo da Construtora Planície, Sandro Maciel Fernandes, e os empresários Alex Antônio Azevedo Cruz, Alexandre Costa de Almeida e Dimitri Chaves Gomes Luna, todos ligados a Vital do Rêgo.
Os crimes teriam acontecido em 2014 e já foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal). Os 15 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal do Paraná têm o objetivo de aprofundar as investigações. Procurado pela reportagem, o ministro Vital do Rêgo Filho ainda não se manifestou.