Após conversas com ativistas pelo clima, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, revelou «sérias dúvidas» sobre a possibilidade de implementar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os países sul-americanos do Mercosul. O motivo seria o aumento do desmatamento e das queimadas na região amazônica.
A informação foi revelada nesta sexta-feira (21) pelo porta-voz do governo, Steffen Seibert. «Há fortes dúvidas de que possa ser aplicado dentro do espírito pretendido, em vista dos acontecimentos atuais, com as enormes perdas florestais observadas», explicou.
Recomendados
Lotofácil 3083: resultado do sorteio desta sexta-feira (19)
Sem empréstimo, sem enterro! Tio Paulo ainda não foi enterrado porque família alega não ter dinheiro
“Tio Paulo” era um homem simples, sem mulher ou filhos, dizem vizinhos. “Gosta de um biricutico”
Segundo o alemão, Berlim está acompanhando o desmatamento e as queimadas na floresta brasileira «com grande preocupação» e está «cético».
A UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) assinaram o acordo de livre comércio em 2019, após 20 anos de negociações. Para entrar em vigor, porém, ele precisa ser ratificado por todos os parlamentos do bloco, o que ainda não ocorreu.
Recentemente, a Áustria e a Holanda rejeitaram o tratado na versão atual. Já Bélgica, França, Irlanda e Luxemburgo também estão resistentes.
O porta-voz do governo alemão apenas lembrou que o texto atualmente está sendo submetido a uma revisão técnica e jurídica. Além disso, ele está na etapa de tradução para todas as línguas oficiais da UE, antes de ser encaminhado para aprovação do Conselho Europeu. Somente a partir disso que será iniciado o processo de ratificação.