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Perdas florestais são obstáculo para acordo entre Mercosul e União Europeia

Após conversas com ativistas pelo clima, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, revelou «sérias dúvidas» sobre a possibilidade de implementar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os países sul-americanos do Mercosul. O motivo seria o aumento do desmatamento e das queimadas na região amazônica.

A informação foi revelada nesta sexta-feira (21) pelo porta-voz do governo, Steffen Seibert. «Há fortes dúvidas de que possa ser aplicado dentro do espírito pretendido, em vista dos acontecimentos atuais, com as enormes perdas florestais observadas», explicou.

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Segundo o alemão, Berlim está acompanhando o desmatamento e as queimadas na floresta brasileira «com grande preocupação» e está «cético».

A UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) assinaram o acordo de livre comércio em 2019, após 20 anos de negociações. Para entrar em vigor, porém, ele precisa ser ratificado por todos os parlamentos do bloco, o que ainda não ocorreu.

Recentemente, a Áustria e a Holanda rejeitaram o tratado na versão atual. Já Bélgica, França, Irlanda e Luxemburgo também estão resistentes.

O porta-voz do governo alemão apenas lembrou que o texto atualmente está sendo submetido a uma revisão técnica e jurídica. Além disso, ele está na etapa de tradução para todas as línguas oficiais da UE, antes de ser encaminhado para aprovação do Conselho Europeu. Somente a partir disso que será iniciado o processo de ratificação.

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