Foco

Diferenças entre testes PCR e sorológico para covid-19 ainda geram dúvidas

Bruno Concha/Secom

Após quase cinco meses de pandemia, muitas pessoas ainda não sabem diferenciar os testes de covid-19 – doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2. Para ter uma maior confiabilidade no resultado é preciso saber a hora certa e em qual situação fazer.

ANÚNCIO

Hoje, existem dois tipos disponíveis: PCR e o sorológico – conhecido como teste rápido. O PCR, considerado padrão de referência, serve para saber se você está com o vírus. Já o sorológico identifica a memória dos anticorpos. Ou seja, se você já teve contato com o vírus, de acordo com o infectologista Ralcyon Teixeira.

«O PCR diz se eu estou com coronavírus. Ele é mais sensível, vai ver positivo mais vezes. O sorológico vai mostrar o passado, geralmente os testes ficam positivos depois do décimo ou décimo quarto dia, que é após o período que a pessoa teve a doença e até já parou de transmitir. Ou seja, ele mostra o passado, de quem teve contato e formou defesa.»

Recomendados

QUER RECEBER A EDIÇÃO DIGITAL DO METRO JORNAL TODAS AS MANHÃS POR E-MAIL? É DE GRAÇA! BASTA SE INSCREVER AQUI.

Veja também:
Correios dizem ser ‘impossível’ atender às reivindicações de funcionários em greve
Agências da Caixa Econômica fecham uma hora mais cedo a partir desta terça

Fundação Renova - agosto 2020

O radialista Emerson França foi à farmácia tirar a dúvida se estava com a doença. Ele fez o teste rápido, que deu negativo, e depois o resultado foi outro no PCR. «Como tem o assintomático, eu poderia estar com o vírus sem saber, mas deu negativo. Depois de uma semana eu fui no hospital e deu positivo. A minha grande dúvida hoje é essa, se (o teste rápido) realmente funciona ou não», afirmou.

Um levantamento da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) mostrou que, desde maio, mais de 500 mil testes rápidos foram feitos em todo o país. Destes, cerca de 426 mil deram negativo – mais de 85% do total.

O índice é resultado da falta de uma análise médica, que pode resultar em falsos-negativos, afirma o infectologista Jamal Suleiman. «Não me surpreende ter esse volume (de testes negativos), porque o teste é ruim, a seleção é ruim e a interpretação é pior ainda. O ideal é que a pessoa que tem um sintoma relacionado ao Sars-CoV-2 procure assistência médica.»

De acordo com a Anvisa, a confiabilidade dos testes rápidos regularizados é de 70%. A agência ressalta que a fiscalização é feita pelas vigilâncias sanitárias de cada estado ou município.

Tags

Últimas Notícias