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Sindicato de escolas privadas de SP ameaça ir à Justiça para garantir retomada

Após prefeituras do ABC terem afirmado que não devem retomar as aulas presenciais neste ano letivo, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo ameaça entrar na Justiça caso municípios com autorização para reabrir as unidades optem por mantê-las fechadas.

Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) informou que escolas públicas e privadas vão abrir na mesma data. Segundo o plano estadual de flexibilização da quarentena, as regiões que estiverem na fase amarela – caso da capital – por ao menos 28 dias poderão retomar atividades como aulas de reforço e recuperação já no próximo mês, em 8 de setembro. A previsão é de que as aulas presenciais retornem em 7 de outubro.

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Presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva diz que a entidade está se preparando para acionar a Justiça para exigir o cumprimento do que foi estabelecido pelo governo diante da pandemia do novo coronavírus.

«Temos um plano. Se, dentro dele, tivermos condições de reabrir, não tem motivo para não voltar. As crianças estão presas há 150 dias. Atendemos muitos alunos das classes C, D e E e as crianças estão doentes, ansiosas, comendo demais. E continuam tendo contato com outras pessoas, porque os pais estão voltando a trabalhar. Estão aparecendo creches clandestinas. Estamos preparados para fazer o acolhimento das crianças de 0 a 8 anos.»

Na penúria, escolas de educação infantil têm fechado as portas em São Paulo. Outro fenômeno é a migração de alunos da rede particular para o ensino público na capital, com alta de 73% nas matrículas em julho.

Silva afirma que os demais alunos poderiam continuar tendo aulas online. Segundo ele, a entidade deve judicializar a questão apenas quando os municípios comunicarem a decisão oficialmente. «Queremos ficar dentro do Plano São Paulo (programa estadual de reabertura econômica). Isso não tem motivação econômica, porque, o que perdemos, só vamos recuperar depois, não vai ser agora. Nós sabemos que estamos lidando com vidas e estamos preocupados com isso. Se retroagir para a fase laranja, não vamos fazer nada »

Nesta semana, Covas afirmou que afirmou que só vai autorizar a abertura das escolas depois de receber o resultado do exame dos inquéritos sorológicos específicos para crianças de quatro a 14 anos que está sendo realizado na capital.

«Trata-se de uma questão de saúde pública e todas as medidas e protocolos necessários serão tomados para a segurança de todos», informou, em nota, a Prefeitura.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo disse, também em nota, que o planejamento para a volta às aulas é baseado «em medidas de contenção da epidemia e sem colocar nenhuma vida em risco, sempre seguindo as recomendações sanitárias do Centro de Contingência do coronavírus».

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