Nesta quarta-feira (12), o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, rebateu críticas e dúvidas sobre a vacina anunciada por seu governo no dia anterior. A primeira a receber aprovação em todo o mundo, a substância denominada «Sputnik V» obteve registro no país antes mesmo de concluir a fase de estudos clínicos, que garantem sua segurança e efetividade em humanos.
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A rapidez – considerada excessiva por alguns profissionais da área – do registro da vacina pautou a resposta ao anúncio feito nesta terça-feira (11). A falta de transparência por parte do governo russo também dificulta acesso a maiores informações sobre o desenvolvimento da Sputnik V, o que apenas alimenta as suspeitas.
Para Murashko, estrangeiros que questionam a vacina desenvolvida na Rússia tem interesses por trás de suas falas; ainda, o ministro descarta as opiniões como «absolutamente infundadas». «Parece que os colegas estrangeiros estão sentindo as vantagens competitivas do medicamento russo», afirmou.
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Em setembro, a Rússia pretende iniciar a produção em massa da substância. O governo local estima que as primeiras doses da Sputnik V estarão disponíveis daqui duas semanas, e a prioridade para recebê-las será de profissionais de saúde.
Fase de testes
Outras vacinas atualmente consideradas mais avançadas seguem na fase 3, a última, mais demorada e mais importante dos testes. Nesta, diversos voluntários recebem doses experimentais do imunizante, e em seguida são acompanhados por um longo período, para acompanhar os efeitos positivos e negativos da vacina.
A vacina desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, acompanhará os mais de mil voluntários por cerca de um ano. No caso da vacina Sputnik V – que recebeu o nome por ter sido o primeiro satélite artificial enviado ao espaço, durante a Guerra Fria -, a terceira fase de estudos clínicos ainda não foi iniciada.