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Jovem é morto no aniversário durante abordagem policial em São Paulo

Um jovem foi morto durante uma abordagem policial por volta das 18 horas deste domingo (9), na região do Parque Bristol, zona sul da capital paulista.

De acordo com a polícia, um homem com atitude suspeita estava dirigindo uma moto sem placa na Avenida dos Pedrosos, na altura do número 227. Ele foi abordado por integrantes das Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas), mas não parou. Segundo o boletim policial, ocorreu uma perseguição, durante a qual o suspeito teria tentado derrubar uma das motos da patrulha.

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Ao ser parado, os agentes afirmaram que ele desceu da motocicleta e colocou a mão na cintura, simulando estar armado. Neste momento, um dos policiais disparou contra o homem. O jovem chegou a ser socorrido por pessoas que estavam no local, segundo os policiais, e foi levado a um pronto-socorro, onde morreu. A vítima era Rogério da Silva Júnior, que completou 19 anos neste domingo.

Nas redes sociais, conhecidos do rapaz alegaram que o tiro que levou ao óbito ocorreu sem que ele tivesse reagido. A situação, ainda conforme os moradores, causou tumulto, até que Rogério fosse atendido por uma enfermeira e levado ao hospital do Sesi. Eles acusam a polícia de dificultar o socorro. Também consta do boletim de ocorrência oficial que houve tumulto, policiais teriam sido hostilizados e uma viatura foi depredada. Nenhum policial se feriu.

Em entrevista à Bandeirantes, a mãe de Rogério, Rosiane da Silva, disse que estava em casa quando um dos amigos que moram em sua rua contou que os policiais haviam atirado no garoto. «Se ele fosse um menino mau jamais as pessoas iam chegar lá e prestar solidariedade”, disse.

Segundo Rosiane, a polícia atirou em seu filho pelo fato dele não estar usando capacete. Ele teria ido apenas dar uma volta pelo bairro. A mãe ainda relatou a demora no atendimento médico.

“Isso é uma injustiça. O que eles fizeram com meu filho é injusto. Ele jamais pegou em uma arma”, afirmou Rosiane.»Ele estava muito feliz, eu comprei o bolinho dele, que ainda está na geladeira. Ele disse «eu te amo mãe» e saiu».

A ocorrência foi registrada no 26.° DP, que deve ficar responsável pelo início das investigações.

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