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Petrobras admite impactos da pandemia em suas operações e finanças

Em alerta a parceiros e investidores, a Petrobras falou sobre os riscos impostos pela pandemia à operação e às finanças da estatal. O impacto da crise econômica e sanitária se mostrou mais severo no segundo trimestre de 2020.

No documento «Formulário de Referência 2020», divulgado pela empresa na última sexta-feira (31) a petrolífera destacou especialmente os efeitos na mão de obra e entre seus fornecedores de bens e serviços.

«A Petrobras, enquanto empresa de capital aberto, deve informar a seus investidores todos os riscos inerentes às suas atividades, mesmo os menos prováveis ou os riscos na condição de hipóteses futuras. O processo de identificação, avaliação, monitoramento e controle dos riscos relacionados à Petrobras é parte da gestão da companhia», afirmou a empresa ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), por meio de sua assessoria de imprensa.

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No que diz respeito às operações, a empresa destacou que o surto de coronavírus pode comprometer a saúde de sua força de trabalho e, com isso, limitar o funcionamento de algumas das suas instalações produtivas, como plataformas, refinarias e terminais. «Essa condição pode ter um impacto negativo em nossos resultados e condições financeiras», traz o documento.

Diante da crise, a empresa optou em março por suspender a operação em 62 plataformas instaladas em campos de águas rasas, que já estavam em processo de alienação. Com isso, reduziu a produção em 23 mil barris por dia (bpd). No mês seguinte, ainda decidiu cortar 200 mil bpd de petróleo. Mas, no fim das contas, não chegou a esse volume de corte. Nas refinarias, as unidades produtivas foram adequadas à demanda, com foco na fabricação de gás liquefeito de petróleo (GLP) e óleos combustíveis para consumo marítimo.

No Formulário de Referência 2020, a companhia ainda destacou que «interrupções devido a eventos de saúde, como a covid-19, na China e em outros lugares, podem ter um impacto negativo nos resultados e também na cadeia de suprimentos», e que a expectativa é de desaceleração do consumo mundial neste ano, o que já aconteceu no primeiro semestre. Como consequência, o seu resultado financeiro também podem ser afetados.

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