O governo libanês atualizou o número total de vítimas das explosões na região portuária de Beirute, capital do país.
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Em entrevista nesta quarta-feira (5) à emissora local Al Manar TV, o ministro da Saúde do Líbano, Hamad Hasan, afirma que o número de mortes chegou a 135, e já foram encontrados cerca de cinco mil feridos.
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Dezenas de pessoas continuam desaparecidas após o incidente, afirma o ministro. Na terça (4), a Cruz Vermelha libanesa falou em cerca de 100 pessoas com paradeiro desconhecido.
Ademais, as explosões provocaram o desalojamento de mais de 300 mil moradores de Beirute. Os danos causados pelo impacto não apenas na zona portuária mas na área residencial ao redor são estimados em, no mínimo, US$ 3 bilhões.
Investigações
A causa das explosões estão sendo avaliadas pela Justiça local. A hipótese de maior probabilidade é a explosão de um armazenamento de nitrato de amônio, que estava no local do incidente há seis anos.
Segundo a Al Jazeera, autoridades libanesas sabiam dos riscos do armazenamento irregular das cerca de 2,7 mil toneladas da substância altamente explosiva. A emissora conseguiu acesso a cartas enviadas às autoridades por funcionários alfandegários entre 2014 e 2017, questionando o que deveria ser feito com a carga.
Nesta quarta-feira, a Justiça do Líbano ordenou a prisão domiciliar de todos os responsáveis pela supervisão e gestão dos armazéns no porto de Beirute desde 2014.
Conforme o ministro da Informação, Manal Abdel Samad, a ação visa «qualquer pessoa que esteja envolvida na estocagem do nitrato de amônio», apontado como principal causa do incidente.
No entanto, ele não citou nomes ou a quantidade de pessoas afetadas pela decisão – mas disse que os militares, que assumiram a administração do porto por ordem do governo, devem vigiar os detidos.