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Bares e restaurantes são os que mais ‘furam’ quarentena na capital paulista

Entre todos os estabelecimentos da cidade de São Paulo que tem funcionado com restrições por conta do novo coronavírus, o setor dos bares e restaurantes é o que mais tem desrespeitado as exigências da quarentena.

Desde o início da pandemia, a Secretaria Municipal das Subprefeituras já interditou 885 estabelecimentos “por descumprirem as regras”. Destes 484, pouco mais da metade (54%), são “bares, restaurantes, lanchonetes e cafeterias”. Só no último fim de semana, 21 bares foram lacrados. A multa é de R$ 9,2 mil, aplicada a cada 250 m² de área do estabelecimento.

O setor foi autorizado a reabrir em 6 de julho, por no máximo seis horas por dia e com a obrigatoriedade de fechar as portas até as 17h.

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Essas duas limitações, segundo a Abrasel-SP (seção paulista da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), têm inviabilizado as operações  e, por isso, 80% do setor nem sequer reabriu.

“Do jeito que está, a reabertura tem dado mais prejuízo do que lucro. Em geral, o movimento é só de 20% do público normal”, afirmou à BandNews o presidente Abrasel-SP, Percival Maricato.

Os proprietários têm pedido a ampliação do expediente em duas horas, ao menos nos fins de semana, e a autorização para abrir no período noturno, já que muitos locais dependem dessa clientela, como bares que apostam no happy hour e pizzarias com salões, entre tantos outros.

O governo do estado tem discutido as reivindicações e deve fazer hoje anúncio sobre as regras de funcionamento de bares e restaurantes. A expectativa do setor é por uma flexibilização mais ampla das atividades.

“Mais do que o ambiente, a flexibilização depende de como será feita. O distanciamento ainda é necessário, seja no bar, restaurante, academia, shopping. É preciso um comportamento consciente para que toda e qualquer aglomeração seja evitada”, afirmou o infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri.

Projeto vai testar mesa ‘estacionada’

Deverá entrar em funcionamento nos próximos dias, na região da República, no centro, projeto-piloto criado pela Prefeitura de São Paulo em parceria com empresários que vai levar as mesas e cadeiras de 30 bares e restaurantes para vias públicas.

A ideia é acomodar os clientes nas calçadas e também em estruturas que serão montadas ocupando as vagas de estacionamento, que ficarão no mesmo nível do passeio. A separação com a via se dará por jardins de concreto.

As mesas poderão receber, no máximo, quatro pessoas e deverão ficar três metros distantes umas das outras. Uma faixa de um metro e 20 centímetros ficará livre para os pedestres. Clientes em pé não poderão ser atendidos.

Além da região da República (nas vias: Major Sertório, General Jardim, Bento Freitas, José Paulo Mantovan e Araújo), o projeto será testado na zona oeste, no Itaim Bibi (na  Pedroso Alvarenga, Renato Paes de Barros, Leopoldo Couto de Magalhães, Clodomiro Amazonas e Prof. Carlos de Carvalho). O objetivo, segundo a prefeitura, é “criar alternativas” para o funcionamento dos estabelecimentos.

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