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‘Passou mal em 15 minutos’, diz pai de garoto morto após comer marmita

O pai de uma das vítimas internadas após ingerir uma marmita possivelmente envenenada em Itapevi, nesta quarta-feira (22), relatou que reação do filho foi muito rápida após ingerir o alimento.

«Meu filho comeu a marmita e, depois de 15 minutos, já passou mal, desmaiou e bateu a cabeça. Eu corri para o hospital com ele», disse Flávio de Araújo, pai de Fábio Abraão, em entrevista a José Luiz Datena.

Fábio, de 11 anos, está entubado em um hospital de Itapevi, na Grande São Paulo, onde o caso aconteceu. Além dele, Jennifer, namorada de Flávio, também está internada em estado grave. Dois homens em situação de rua e um cachorro morreram após ingerir o alimento.

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Flávio diz que se alimentou da mesma comida, mas apenas comeu as carnes, ingerindo uma quantidade menor do que o filho e, portanto, não se intoxicando. «A médica falou que parece envenenamento mesmo, por chumbinho ou outro tipo. Eu comi só a mistura e não passei mal».

Segundo Flávio, sempre há grupos que passam pela região de carro entregando quentinhas, roupas e calçados, mas nunca houve problemas. «Eu não posso julgar ninguém porque eu não vi o carro que deixou as marmitas».

Investigação

O delegado do caso, Aloysio Ribeiro de Mendonça Neto, diz que as linhas de investigação supõem que a comida estaria estragada ou então alguém envenenou propositalmente o alimento.

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O delegado também citou que foram encontradas bolinhas pretas em meio a comida, o que sugere a presença de chumbinho, mas só o exame toxicológico pode confirmar essa hipótese. «A perícia está empenhada no caso, pedimos urgência nesse laudo para ver se existe chumbinho ou a comida estava estragada, já que muitas vezes essas marmitas ficam guardadas por dias», explica.

A Polícia Civil também investiga o grupo que fez a entrega dessa comida e também trabalha com a hipótese de alguém de fora do grupo ter agido para envenenar a comida.

Na tarde desta quarta-feira (23), o casal Aguida e Evaldo, que atuam na região entregando marmita a moradores de rua, se apresentou à delegacia. O carro em que eles estavam aparecem nas imagens que estão sendo investigadas pela polícia.

Ao ver o carro na reportagem do Brasil Urgente, Aguida prestou depoimento. «Eu faço essa obra há 10 anos. Eu que faço essa comida que meus netos comem, minha filha come, meu genro come e meu esposo leva para o serviço», diz à reportagem.

«A gente não matou ninguém; a comida é boa, sou eu que faço, não sei o que houve», completou Aguida, que afirma ainda conhecer os dois homens que morreram no caso.

 

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