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MP-SP denuncia Alckmin por corrupção passiva, falsidade eleitoral e lavagem de dinheiro

Ex-governador é acusado de receber R$ 11,3 milhões da empreiteira Odebrecht

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi denunciado nesta quinta-feira (23) pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) por falsidade eleitoral, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele é acusado de receber R$ 11,3 milhões da empreiteira Odebrecht nas duas campanhas ao governo de São Paulo em 2010 e 2014.

O indiciamento acompanha um inquérito da operação Lava Jato, que investiga repasses, via caixa 2, feitos pela empreiteira. Além de Alckmin, também foram indiciados o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro e o advogado Eduardo Alves de Castro.

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A investigação teve início em 2017, com depoimentos de executivos da Odebrecht feitos após acordos de delação premiada. A empreiteira, porém, não aparece como doadora nas duas campanhas em que o dinheiro teria sido repassado – R$ 2 milhões em 2010 e R$ 9,3 milhões em 2014.

Em nota, a defesa de Geraldo Alckmin afirmou que o indiciamento do político é “injustificado e precipitado”, ferindo o direito de ampla defesa. “O ex-governador sequer foi chamado a prestar esclarecimentos que poderiam ter evitado o seu indevido e imerecido indiciamento.”

Os advogados de Marcos Monteiro diz que o relatório do MP-SP não corresponde com “a realidade dos fatos”. O ex-tesoureiro se colocou à disposição de autoridades para esclarecimentos. A Odebrecht aponta que os fatos divulgados “se referem ao passado” e que a empreiteira implantou controles internos mais rigorosos para manter a “ética, integridade e transparência”.

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