Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (22) que fecharam um acordo para garantir 100 milhões de doses de uma vacina que está sendo desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e Biontech. Em testes finais de fase clínica, que inclusive serão realizados no Brasil no próximo mês, a empresa garante que, se comprovada sua eficácia, poderá entregar até 1,3 bilhão de doses de imunização contra a covid-19 entre 2020 e 2021.
De acordo com as empresas, a negociação firmada com o governo norte-americano, avaliada em US$1,95 bilhão de dólares (cerca de R$ 9,96 bilhões), prevê que o país também tenha acesso a outros 500 milhões de frascos, se necessário.
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Se a vacina em potencial se mostrar eficaz, o pedido inicial dos Estados Unidos conseguirá imunizar cerca de 50 milhões de habitantes – cerca de um sexto do país -, já que para imunização completa, é necessário a aplicação em duas etapas. O governo norte-americano explica que o custo será pago pela rede pública e planos de saúde.
Junto a AstraZeneca, farmacêutica que atua em parceria com a Universidade de Oxford, a Pfizer, empresa cotada pelos EUA, também divulgou dados no início desta semana de que a triagem inicial de imunização trouxe bons resultados e efeitos colaterais mínimos e já previstos em outras vacinas virais.
OMS pede realismo
Apesar do otimismo com os resultados preliminares da vacina, o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, pediu realismo a cerca de prazos e eficácia de imunização contra o vírus.
“Teremos de ver quão eficazes as vacinas são. A ideia de que teremos uma vacina em dois ou três meses e de repente esse vírus irá embora, eu adoraria dizer isso para vocês, mas não é realista”, afirmou Ryan. O executivo também insistiu na necessidade de reforçar medidas de prevenção da doença.