O secretário-executivo da Comissão de Ética do Ministério do Meio Ambiente foi dispensado do cargo pelo ministro Ricardo Salles. Na segunda-feira (13), a portaria que nomeou Marcelo Grossi para o posto há dois anos foi revogada por Salles, que havia o nomeado pessoalmente.
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A destituição vem dois dias após denúncia enviada pelo secretário à Controladoria-Geral da União (CGU), à Comissão de Ética da Presidência (CEP) e ao Tribunal de Contas da União (TCU). Grossi, nos ofícios, afirma que Salles tem trabalhado para esvaziar a Comissão de Ética do ministério, recusando-se a designar novos membros para o órgão.
A Comissão de Ética é responsável por apurar denúncias de má conduta de servidores no ministério e zelar pelo cumprimento do Código de Ética no setor público. Entre as atribuições do órgão está a de recomendar a demissão de agentes públicos que tenham violado regras da administração pública.
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«Ao retardar ou deixar de praticar atribuições de sua competência exclusiva, o ministro de Estado do Meio Ambiente está inviabilizando a atuação da CE-MMA (Comissão de Ética do Ministério do Meio Ambiente)», diz o texto da nota enviada por Grossi aos órgãos de controle.
Salles ainda é alvo de processo por improbidade administrativa no Ministério Público Federal. Procuradores acusam o ministro de desestruturar e esvaziar propositalmente o ministério do Meio Ambiente, desarticulando políticas ambientais «para favorecer interesses que não têm qualquer relação com a finalidade da pasta».