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Bolsonaro é acusado de improbidade administrativa por promover cloroquina

O presidente da República tornou-se alvo de representação do deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, que o acusa de improbidade administrativa. O motivo é o incentivo e o aumento da produção da cloroquina para tratar pacientes com covid-19, ainda que sua eficácia seja negada por cientistas.

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O deputado pede que a Procuradoria Geral da República instaure uma investigação ou uma ação civil pública para apurar a conduta de Jair Bolsonaro. Correia afirma que o presidente, «no decorrer da crise de saúde pública, se esforçou em promover interesses próprios, por meio das irresponsáveis e inverídicas afirmações acerca da eficiência do tratamento de covid-19 com o medicamento hidroxicloroquina».

O principal questionamento é o aumento em 84 vezes da produção da substância, orientada pelo presidente às Forças Armadas. Com este crescimento, o valor em recursos públicos destinados à compra de matéria-prima para produção da cloroquina subiu quase 600%.

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Assim, o empenho de Bolsonaro em promover a cloroquina, que não tem efeito benéfico algum contra a covid-19 segundo estudos científicos, teria resultado em desperdício de recursos públicos, elevação de preços e compras sem processo licitatório.

«A divulgação da hidroxicloroquina ou qualquer outro remédio, sem a imprescindível comprovação técnica-científica, como método eficaz no tratamento da doença que já matou mais de 70 mil brasileiros é conduta expressamente vedada pelo tipo penal e, nesse sentido, merece ser devidamente investigado e denunciado», declara o autor da representação.

Ainda, foi registrado um mandado de segurança que pede ao Ministério da Defesa uma justificativa de embasamento técnico para a autorização do aumento da produção da cloroquina.

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