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Indústria automotiva dá sinais de recuperação em junho

No mês de junho, a indústria automotiva brasileira mostrou sinais de alguma recuperação frente à crise do novo coronavírus. As informações são do repórter Lucas Herrero, da Rádio Bandeirantes.

Os 43 mil veículos produzidos em maio chegaram a 98,7 mil no último mês, crescimento de mais de 129% segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Porém, em comparação ao primeiro semestre do ano passado, a queda ainda é grande: de 50%, representando 744 mil veículos a menos na produção.

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Quanto à exportação, o aumento foi de 400% em um mês. 19.400 veículos foram negociados com outros mercados no mês passado. Queda de 52% em relação a junho de 2019.

O emplacamento recuperou 113% comparado ao mês passado, sendo que 132 mil carros foram licenciados. Porém, a queda frente ao semestre inicial de 2019 é de 38%.

De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, levando em consideração outras crises brasileiras, a indústria deve retomar o mesmo patamar do ano passado somente em 2025.

«A gente perderia nesses anos 3,5 milhões de carros ou autoveículos que seriam vendidos, quando comparado com a base de 2019. Então, nós temos um nível de desemprego alto, uma confiança ainda baixa na economia. Alguns setores estão voltando de forma mais rápida, mas tem características diferentes. Nós (indústria automobilística) não estamos vendendo um bem que o preço dele é baixo. Nós estamos falando de um automóvel», disse Moraes.

Com base nas expectativas econômicas para o segundo semestre, a Anfavea projeta uma produção de 1,6 milhão de automóveis comerciais leves, caminhões e ônibus em 2020, volume 45% inferior ao de 2019.

Quanto aos empregos, houve uma queda de 1.100 postos de trabalho em um mês e de 4% em relação ao ano passado.

A grande maioria das fábricas brasileiras já retornou aos trabalhos, restando apenas duas, que devem retomar a produção em meados de julho.

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