Junho deste ano teve o maior número de queimadas na Amazônia para o mês dos últimos 13 anos, com 2.248 incêndios registrados no bioma. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O número perde apenas para junho de 2007, quando foram registrados 3.159 focos ativos de queimadas florestais. Os registros não superavam 2 mil desde então, ficando em 1.880 em junho do ano passado.
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O instituto contabilizou, ao longo de todo o primeiro semestre de 2020, quase 11 mil focos ativos de incêndio. Enquanto o mesmo período do último ano, quando as queimadas no bioma viraram pauta internacional entre veículos de imprensa e políticos mundiais, registrou 8.821 queimadas, 10.935 ocorrências foram monitoradas pelo Inpe de janeiro a junho deste ano.
O Brasil já foi cobrado internacionalmente por causa das queimadas na floresta em 2019, que colocaram em risco inclusive o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Com a pandemia monopolizando as notícias globais neste ano, garimpeiros e fazendeiros continuaram a atuar ilegalmente no bioma amazônico, apesar das medidas de quarentena e isolamento social. Os incêndios costumam servir como operações de limpeza para preparar o solo para futuros plantios ou para criação de gado.
Além dos prejuízos à flora e fauna amazônicas, as queimadas também produzem doenças respiratórias com sintomas bastante similares aos da covid-19, provocada pelo novo coronavírus.