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Cesta básica de alimentos fica mais cara durante epidemia em São Paulo

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A cesta básica de alimentos ficou R$ 36 mais cara durante a epidemia na cidade de São Paulo. Em fevereiro, custava R$ 519,76 e em maio, chegou a R$ 556,36, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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Isso significa que quem recebe um salário mínimo, ou seja, R$ 1.045,00 por mês, comprometeu mais da metade do orçamento para comprar alimentos que deveriam sustentar um adulto por 30 dias.

Essa Cesta Básica Nacional foi definida por um decreto de 1938 que continua em vigor e tem 13 produtos essenciais: carne, leite, arroz, feijão, óleo, farinha, batata, tomate, pão francês, café, banana, açúcar e manteiga.

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Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados, Omar Ahmad Assaf, afirma que não existe abuso no aumento do preço, além de explicar a situação vivida pelo setor na pandemia.

«Os produtos que estão em alta são mais de nível internacional. Você pega o arroz, a soja, toda proteína animal. Isso tem a ver no preço do produto e no preço do dólar. Tem também uma entressafra de leite. Algumas unidades fabris de frigoríficos têm parado ou outras estão trabalhando com capacidade mais reduzida que é para manter o distanciamento entre as pessoas», disse Assaf.

Sobre o preço da cesta básica, o membro da Apas alega que não reflete diretamente no bolso do consumidor, já que as pessoas buscam substituir um item que está caro por outro, já a pesquisa usa os mesmos 13 produtos.

Pesquisas comprovam aumento

Em maio, a Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, fez duas pesquisas. Em uma, aponta que 9% dos moradores de São Paulo têm dificuldade ou não conseguem lidar com despesas de alimentação diária.

Na outra, compararam o preço de 11 produtos em 50 mercados da capital. O feijão carioca aumentou 66% em comparação a julho do ano passado. Já o óleo de soja subiu 20%. O açúcar refinado, 13% e o sabão em pó, 12%.

Em nota à Rádio Bandeirantes, a Associação Brasileira de Supermercados afirma trabalhar em parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor e o Ministério da Justiça e Segurança Pública para evitar práticas abusivas de aumento de preços no setor sem explicação mercadológica.

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