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Moradores de São Paulo e Rio de Janeiro descartaram mais lixo reciclável durante quarentena

Especialistas recomendam não descartar máscaras e luvas na coleta seletiva

Os moradores de São Paulo e Rio de Janeiro descartaram mais lixo reciclável nos últimos dois meses de distanciamento social. Um levantamento da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) mostrou acréscimo de 23% no volume oriundo da coleta seletiva em abril na capital paulista.

Já no Rio de Janeiro, houve crescimento nos últimos dois meses, 24% em março e 19% em abril, segundo a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana). Essa foi a única categoria que teve aumento em comparação aos mesmos períodos de 2019.

Nas duas cidades, o lixo domiciliar, a varrição urbana e até a produção hospitalar de resíduos sofreu decréscimo nas últimas semanas, chegando a 14% nos grandes geradores.

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Os hospitais têm produzido menos lixo também na região metropolitana de Campinas, no interior do Estado. Foram 11% de decréscimo em abril, segundo a Corpus, empresa que presta serviços em 10 cidades desta área. Segundo Vitor Hugo Gasparotto, gerente operacional de Serviços Privados, não foram necessários novos procedimentos para descarte e coleta do lixo que vem dos grandes hospitais.

No entanto, o que mostra a estatística não é percebido pela ponta da cadeia, os catadores de materiais recicláveis. Asfixiados pelo fechamento do comércio, a categoria tem sofrido ainda mais na pandemia, segundo afirma Roger Koeppl, diretor-presidente da You Green, cooperativa de catadores em São Paulo.

Os especialistas recomendam não descartar máscaras e luvas na coleta seletiva e, em caso de contaminação confirmada pelo coronavírus, deve-se ter um único lixo doméstico na quarentena.

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