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Doria e Maia avaliam como positiva a reunião de Bolsonaro com governadores

Representantes de São Paulo na reunião de governadores com o presidente Jair Bolsonaro: Henrique Meirelles (Fazenda), Governador João Doria (PSDB), vice-governador Rodrigo Garcia e Patrícia Ellen (Desenvolvimento Econômico) Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), usou sua entrevista coletiva diária para amenizar o tom de embate com o governo federal que marcou os últimos meses, em meio a divergências sobre a estratégia de combate à pandemia do novo coronavírus. Logo após uma reunião virtual de governadores com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Doria destacou que o clima era de «paz, harmonia e entendimento».

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A mudança de tom no discurso ocorre após o governo Bolsonaro se comprometer com a sanção de um socorro financeiro aos Estados e municípios. Doria também anunciou que o Ministério da Saúde se comprometeu com a habilitação de 1,8 mil leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no interior de São Paulo, e ampliará o envio de respiradores ao Estado para um total de 600 equipamentos.

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«Apesar de toda a tristeza, do número de pessoas infectadas e de mortes, hoje é um dia de paz e de entendimento», disse Doria. «Estou pessoalmente feliz por termos concluído uma reunião de parte a parte, pelos governadores e pela Presidência da República, em paz e em harmonia.»

O governador também disse que teve uma «longa e produtiva» com o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, sobre a entrega de equipamentos e auxílio financeiro a São Paulo para a implementação dos novos leitos de UTI. Em mais um gesto de trégua, Doria disse que o general foi «amável e atencioso» com a equipe do governo estadual.

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Questão de congelamento de salários é simbólica, diz Maia

Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a reunião da manhã desta quinta-feira, 21, com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e governadores foi «boa». Ele voltou a dizer que a questão do congelamento dos salários é uma questão simbólica também.

«Acho que o mais importante que é como eu tenho dito sempre, vamos ter queda de arrecadação e isso dificulta propor aumento», disse Maia. «Uma trava que apenas sinaliza para sociedade controle dos gastos públicos.»

No período da manhã, em reunião por videoconferência, o Bolsonaro pediu a governadores que apoiem o veto que pretende fazer ao projeto de socorro a Estados e municípios para proibir que o funcionalismo tenha reajustes até o fim de 2021. O presidente disse que vai sancionar o projeto «o mais rápido possível», após «ajustes técnicos».

Maia afirmou que acredita que o recurso vai chegar para Estados e municípios em breve. «Nos próximos dias ou até o fim do mês», disse. «Não vejo problema na capacidade de transferência de recurso», disse. Bolsonaro tem até o dia 27 de maio para sancionar o socorro aos Estados e municípios, com o veto à possibilidade de aumento salarial para o funcionalismo.

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