O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 20, em entrevista à rádio Jovem Pan que haverá flexibilização da quarentena no Estado a partir de 1º de junho «em fases escalonadas, cuidadosas, zelosas», feitas juntamente com o setor privado. Doria pontuou, contudo, que este momento não vai ocorrer agora. «Até 31 de maio, é a fase mais difícil, mais dura e mais drástica do coronavírus, não apenas para São Paulo, mas para o Brasil. O número de mortos, infelizmente, tende a crescer, e o número de pessoas infectadas também», afirmou o tucano.
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Doria não mencionou a possibilidade de estender as orientações de restrição de circulação de pessoas e de fechamento de comércios e atividades considerados não essenciais para além de 31 de maio, que é o prazo atual da administração paulista para as medidas de estímulo ao isolamento social como forma de conter a propagação da covid-19.
Com o intuito de levar a taxa de isolamento da população para acima de 50%, o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), decretou a antecipação dos feriados de Corpus Christi e do Dia da Consciência Negra para esta quarta (20) e quinta-feira (21). Além disso, tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), em regime de urgência, projeto de lei do governo estadual para antecipar o feriado do Dia da Revolução Constitucionalista de 9 de julho para a próxima segunda-feira, dia 25. A proposta deve ser aprovada nesta quinta pelo plenário da Casa.
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«Esse feriado prolongado não é para passear, não é para festejar, não é um período para lazer. É um período em que as pessoas devem ficar em casa. Evitar viagens, evitar contatos, ficar em casa, protegidos», destacou Doria.
Questionado sobre a real chance de um bloqueio total à circulação de pessoas, conhecido como «lockdown», o governador afirmou que a criação de um feriado estendido é «exatamente» uma tentativa de evitar a medida mais «extrema».
Segundo ele, a ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no Estado é de 88%, «acima da faixa de segurança de 70%».
Sobre a reunião, nesta quinta, de governadores com o presidente Jair Bolsonaro, Doria disse que levará uma «mensagem de paz, harmonia e entendimento». «Levaremos uma mensagem de paz para que possamos ter um ministro da Saúde que seja médico, um profissional, um cientista, comprometido com a saúde dos fatos. Não com ideologia, mas com a defesa da ciência. Paz para fornecer material necessário aos Estados: EPIs, respiradores e leitos em associação com o setor privado.»