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Índice de confiança empresarial sobe 7,7 pontos em maio

Passado o forte abalo inicial provocado pela pandemia do novo coronavírus, a confiança de consumidores e de empresários mostrou melhora em maio, segundo divulgação extraordinária de uma prévia das sondagens apuradas pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

O ICE (Índice de Confiança Empresarial) subiu 7,7 pontos na prévia de maio ante o resultado fechado do mês de abril, para 63,5 pontos. Já o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) aumentou 6,5 pontos, para 64,7 pontos. Os resultados têm como base dados coletados até 13 de maio.

A indústria foi o único setor ainda com queda na prévia de maio, um recuo de 1,2 ponto no índice de confiança, para 57 pontos. Se confirmado, o resultado representaria o terceiro mês seguido de perdas, acumulando um tombo de 44,4 pontos no período, o que levaria a indústria ao menor patamar de confiança entre os quatro setores empresariais pesquisados.

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O Índice de Confiança de Serviços subiu 9 pontos na prévia de maio, para 60,1 pontos, o que devolveria 21% da queda de 43,3 pontos acumulada em março e abril.

O Índice de Confiança do Comércio aumentou 4,7 pontos na prévia de maio, para 65,9 pontos, uma recuperação de 12% das perdas nos dois meses anteriores, enquanto o Índice de Confiança da Construção cresceu 2,0 pontos, para 67,0 pontos, devolvendo 7%.

‘Agentes econômicos calibraram expectativas’, diz coordenadora

“Após os níveis de confiança despencarem em abril, a prévia das sondagens de maio mostra uma acomodação dos indicadores ainda em patamares extremamente baixos, sob o impacto da pandemia de covid-19 e seus efeitos sobre a economia”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da FGV), em nota oficial. “Mas com a deterioração do cenário já em curso, uma parcela dos agentes econômicos calibrou expectativas ao migrar de respostas pessimistas para opções mais neutras. Em outras palavras, pode estar ocorrendo uma adaptação das expectativas ao ‘novo normal’ do período de crise”, afirmou a pesquisadora.

A percepção sobre a situação atual ficou estável tanto para empresas quanto para consumidores, apontou a FGV. Entre os consumidores, o ISA-C (Índice de Situação Atual dos Consumidores) avançou 0,9 ponto, para 66,5 pontos, e o Índice de Expectativas aumentou 10 pontos, para 65 pontos. O ISA-E (Índice de Situação Atual dos Empresários) teve ligeira alta de 0,1 ponto, para 61,6 pontos.

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