A adesão de empresas e trabalhadores ao programa de manutenção de empregos com carteira em meio à pandemia do novo coronavírus está motivando duas das maiores centrais sindicais a defenderem que a política se torne um instrumento permanente para momentos de crise no país. Até agora, já foram negociados mais de 6,5 milhões de acordos individuais e coletivos de redução de jornada e salários ou suspensão de contratos.
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A Força Sindical e a UGT (União Geral dos Trabalhadores), que representam juntas um quarto dos trabalhadores sindicalizados, têm defendido a proposta. A ideia deve ser levada à área econômica nesta semana.
A reportagem do Estadão Conteúdo procurou a CUT (Central Única dos Trabalhadores), maior central do Brasil, para saber sua posição sobre o tema, mas não obteve resposta.
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O apoio à medida não é irrestrito e vem com ressalvas: as centrais querem garantir maior participação dos sindicatos na mediação desses acordos e um benefício mais polpudo aos trabalhadores que toparem a negociação.
Para a Força e a UGT, apesar de críticas a determinados pontos da Medida Provisória 936, que prevê que o governo pagará um benefício de R$ 261,25 a R$ 1.813,03 por trabalhador, conforme o tipo da negociação do governo, o programa tem tido um alcance importante para a proteção do emprego .
“Essa medida governamental é bastante acertada no sentido dessa contribuição, mas precisa desses mecanismos rápidos”, diz o presidente da UGT, Paulo Patah. A Força Sindical também tem apoiado o debate para uma política permanente de manutenção do emprego. “Temos defendido sua ampliação e que essa política possa ser permanente, para ser utilizada em períodos de crise”, afirma o primeiro secretário da central, Sérgio Leite.