A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) irá depôr perante a Polícia Federal (PF) na próxima quarta-feira, 13, no inquérito sobre as acusações do ex-ministro Sérgio Moro contra «interferências políticas» do presidente Jair Bolsonaro na corporação. O gabinete da parlamentar informou que ela foi notificada da oitiva na tarde desta quinta-feira, 7.
Zambelli propôs antecipar o depoimento, mas a data foi mantida. Em nota, a deputada afirmou que «prestará todas as informações necessárias» e que «não tem nada a esconder».
«Está claro para todos que minha intenção sempre foi buscar a pacificação de qualquer conflito e que, em momento algum, tentei oferecer um cargo ao ex-ministro, até porque não tenho qualquer prerrogativa para fazê-lo», afirmou.
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Carla Zambelli irá depôr acompanhada dos advogados Rodolfo Maderic e Huendel Rolim. A deputada foi listada para depôr após Moro revelar mensagens trocadas com a parlamentar que indicariam a pressão de Bolsonaro para a substituição de Maurício Valeixo pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem, do comando da Polícia Federal.
Em uma das conversas entregues à PF, Zambelli pede que Moro aceite a mudança na direção-geral da PF solicitada por Bolsonaro e, em troca, ela se comprometeria «a ajudar» o ex-ministro com uma vaga no Supremo Tribunal Federal. «Vá em setembro para o STF Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB (Jair Bolsonaro) prometer», escreveu a deputada.
Moro respondeu que não estava «à venda».
Alexandre Ramagem foi o nome indicado por Bolsonaro para o comando da PF. A nomeação, contudo, foi suspensa por liminar do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e anulada pelo Planalto. Em seu lugar, o governo escolheu Rolando Alexandre de Souza, braço direito de Ramagem na Abin.