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Endividamento das famílias é recorde

Marcos Santos/USP IMAGENS

Após recuar em fevereiro para 65,1%, o percentual de famílias brasileiras com dívidas voltou a subir em março, chegando a 66,2%. É o maior patamar desde o início da realização da pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em janeiro de 2010.

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O levantamento mostra que a inadimplência também cresceu no período. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso passou de 24,1%, em fevereiro, para 25,3% em março.

Já o total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes avançou de 9,7% para 10,2%.

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Março registrou a segunda alta seguida do percentual de famílias sem condições de pagar as dívidas em dia. Em janeiro, esse percentual chegou a recuar ao menor percentual em oito meses. A coleta dos dados ocorreu entre 20 de fevereiro e 5 de março, anteriormente à semana em que a pandemia da covid-19 se propagou no Brasil.

Para a CNC, a piora nos indicadores de inadimplência pode se acirrar nos próximos meses, pois a tendência é que o consumidor encontre mais dificuldades para pagar as contas em dia. Segundo a pesquisa, pelo terceiro mês, cresceu a parcela média da renda comprometida com dívidas, que chegou a 30% em março. “Quase um terço da renda das famílias está comprometida com dívidas, é o maior percentual desde dezembro de 2017”, destaca a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.

O cartão de crédito segue como o principal tipo de dívida dos brasileiros (78,4%), seguido por carnês (16,2%) e por financiamento de veículos (10,3%).

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