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Justiça nega pedido de prisão domiciliar de Ronaldinho e Assis

Mensagens trocadas com pessoas ligadas ao crime organizado do Paraguai foram encontradas nos celulares dos irmãos

A Justiça do Paraguai negou, nesta terça-feira, 10, o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis. Com isso, estão esgotadas as possibilidades de recursos dos irmãos: antes os advogados haviam tentado liberdade condicional e seguro fiança – que seria depositado para a Justiça paraguaia. As informações são do repórter Maicon Mendes, da Band.

Assim, o craque e o irmão permanecerão presos preventivamente no Paraguai por seis meses.

Trocas de mensagens suspeitas
Os celulares de Ronaldinho e Assis foram apreendidos, estão sendo periciados e existem, de acordo com a Justiça paraguaia, mensagens comprometedoras com pessoas ligadas ao crime organizado do Paraguai: a empresária Dália López e o dono de cassino Nelson Belotti.

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O promotor Osmar Legal confirmou à reportagem da Band que o ministro da Justiça brasileiro, Sergio Moro, entrou em contato com o Ministério da Justiça do Paraguai. Quando soube dos contornos do caso, Moro afirmou que não se intrometeria e que a investigação do Ministério Público paraguaio era soberana.

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Ronaldinho e Assis estão há quatro noites em um presídio de segurança máxima na capital paraguaia após serem detidos por entrar no país com passaportes fraudulentos (originais, mas com conteúdo falso). Os irmãos podem responder ainda por amis 10 crimes.

Segundo o promotor Marcelo Pecci, os advogados de Ronaldinho Gaúcho chegaram a oferecer como garantia o imóvel que serviria como prisão domiciliar, no valor de US$ 770 mil (cerca de R$ 4 milhões). «Ronaldinho ganhou muito mais que isso em sua carreira», justificou.

Ronaldinho e o irmão não participaram da audiência desta terça-feira. Não foi revelado o endereço da casa que serviria como prisão domiciliar para Ronaldinho e Assis.

Transferências
Três comprovantes bancários obtidos com exclusividade pela reportagem da Band mostram transferências feitas por Assis ao empresário Wilmondes Sousa Lira, no valor de US$ 5 mil, para pagar pelos dois passaportes paraguaios apreendidos pela polícia.

Assis entregou os documentos pessoais dele e de Ronaldinho a Lira no Rio de Janeiro, para que os passaportes fossem feitos em Assunção. A entrega dos documentos confeccionados também aconteceu no Rio.

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