Moradores e lideranças do bairro de Paraisópolis organizam um protesto nesta segunda-feira (9) para marcar os 100 dias da noite em que nove jovens foram mortos após uma ação da Polícia Militar durante um baile funk.
Os moradores vão se reunir em frente a viela onde ocorreram as mortes por volta das 17h para pedir justiça pelas vítimas. O ato tem como objetivo cobrar uma resposta do Governador João Doria (PSDB) e do Prefeito Bruno Covas (PSDB), bem como ações em prol da comunidade.
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A iniciativa se deu após o resultado do inquérito conduzido pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que concluiu que os PMs não devem ser punidos porque agiram em legítima defesa.
«Essa decisão só aumenta o sentimento de injustiça e de impunidade. É muito grave”, afirma Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis.
As mortes de nove jovens aconteceram na madrugada de 1º de dezembro na zona sul de São Paulo, durante o «Baile da DZ7», que ocorria nas ruas de Paraisópolis. Testemunhas relataram que, após uma intervenção de policiais militares com bombas, houve correria e as pessoas se aglomeraram em vielas da localidade. Nove jovens morreram por asfixia mecânica característica de pisoteamento, apontaram os laudos.