O primeiro dia útil sem o funcionamento de toda a linha 15-Prata do Metrô foi de muita confusão e filas para os 50 ônibus do Paese, que faziam o trajeto entre as estações São Mateus e Vila Prudente. Não há prazo para que a linha, que opera por monotrilho, volte a rodar.
O Metrô informou que hoje serão colocados 60 veículos articulados nos horários de pico, que “juntos têm capacidade de atendimento similar aos 12 trens que prestavam serviço regularmente na linha 15” – ela transporta cerca de 80 mil pessoas por dia.
Além da lotação, os passageiros tiveram dificuldade de entender onde eles estavam. A estudante Elaine Morales relatou que, ontem pela manhã, muitas pessoas estavam perdidas, sem saber onde pegar os ônibus do Paese. “Tem que reforçar as informações nas estações.”
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A linha está paralisada desde sábado. Na quinta-feira passada, foi detectado que um pneu de um trem tinha se rompido. Outros pneus foram encontrados com avarias e, ao tentar avaliar a causa do problema, a fornecedora dos trens, Bombardier, pediu que todos fossem recolhidos para que ela pudesse entender como solucionar o defeito.
O consultor em mobilidade Flamínio Fichmann disse que esse problema não é só de manutenção, mas de concepção do projeto. “Quando ele foi decidido, não havia outro monotrilho no mundo que operasse com a capacidade que era estimada”, afirmou. Em sua avaliação, pode haver problema também na compatibilidade entre o veículo e a via que ele transita.
A Bombardier precisou trazer técnicos do Canadá para avaliar o problema e disse em nota anteontem que sua equipe está “trabalhando 24 horas por dia”.