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Nem chuva esfriou a folia do paulistano no pós-Carnaval

Edson Lopes Jr/UOL/Folhapress e Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress

Era dia de festa. Último dia de festa. E os convidados não se intimidaram diante da chuva fraca que atingiu a cidade em vários momentos do dia e correram em massa para os últimos 67 blocos que desfilaram na programação oficial de Carnaval da capital.

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No Ibirapuera (zona sul), Anitta começou o agito em seu bloco logo de manhã. A cantora brincou que até o dia anterior estivera trabalhando, mas ontem, com seus amigos e o público paulistano, estava “brincando e curtindo o Carnaval”, para delírio do público.

Depois dela, veio o bloco de Preta Gil, que seguiu lotando a avenida Pedro Álvares Cabral e manteve a animação.

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E, como já se tornou tradição, o Pipoca da Rainha, liderado por Daniela Mercury, arrastou a multidão pela rua da Consolação até a praça da República como último megabloco da festa, até por volta das 20h.

Neste ano, a baiana trouxe como tema Arte é Resistência. Um telão mostrava imagens de obras como o documentário brasileiro “Democracia em Vertigem”, que entrou na disputa do último Oscar.
As amigas Kelly dos Santos, 26 anos, e Sheila da Conceição, 32 anos, se prepararam para uma despedida de fôlego: no sábado, foram ao bloco de Bell Marques no parque do Ibirapuera e, domingo, se prepararam em conjunto especialmente para o encerramento da folia com o Pipoca da Rainha. “Isso foi só esse fim de semana, porque fui a outros, como o da Glória Groove”, contou Sheila.

Em cima do trio, Daniela teve seu vestido pintado ao vivo durante uma intervenção artística e disse estar “fantasiada de rainha das artes”. Antes da música “Ilê Pérola Negra”, a cantora fez um momento de reflexão: “A felicidade é a gente se ver, se olhar olho no olho, estar perto um do outro e sentir a arte. Saber que estamos vivos e que sentimos emoções maravilhosas que a arte pode nos lembrar.”

Já “experiente” na folia, o médico Rodrigo Milagres, 25 anos, avaliou o Carnaval deste ano como “surpreendente”: escolheu outros circuitos, mais para a zona oeste e centro, e se divertiu mais. A chuva, diz, não foi problema: “Ano passado até atrapalhou mais.”

Estreando na folia paulistana, a turista americana Carol Bindbeutel ficou emocionada com o show de Daniela. “Eu não sabia muito o que esperar, mas ser recebida por toda essa comunidade brasileira que resiste é emocionante”, disse a aposentada de 67 anos. E ela gostou tanto que pretende voltar. Até 2021! METRO

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