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Brasileira relata como seu cotidiano na capital chinesa mudou após surto de coronavírus

foto ilustrativa Lintao Zhang/Getty Images

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo surto de coronavírus (Covid-19), que se originou em Wuhan, na China, como uma emergência de saúde global. Até o fechamento desta matéria, 80 mil pessoas tinham sido infectadas e 2.708 morreram em decorrência da doença.

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O Brasil registrou nesta terça-feira (25) o primeiro caso de coronavírus e a situação acabou alarmando muitas pessoas. Diante da situação, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta pediu calma à população em entrevista ao Blog do Camarotti. “É uma gripe, vamos passar por ela”, afirmou.

Ocorre que o interesse da população em entender mais sobre a situação é um fato. Na manhã desta quarta-feira (26), por exemplo, uma das palavras mais procuradas no Google, segundo a plataforma Trends da empresa, era “coronavírus mortes”.

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Antes mesmo de saber da situação, especificamente há 21 dias, a brasileira e professora Analu Bento, que vive em Pequim, na China, relatava seu cotidiano após o surto do Covid-19. Após uma viagem a Myanmar e já acompanhando a situação, a brasileira voltou para Pequim e se deparou com um cotidiano totalmente diferente.

Em seu Twitter, ela decidiu contar o que tinha mudado. Em seu primeiro relato, denominado “Diário do coronavírus”, ela explicou que ninguém estranho poderia entrar em seu prédio.

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Sair de casa com mais de 3 pessoas é desaconselhado

Analu ainda relatou que teve que começar a trabalhar de casa para evitar a multidão e ainda destacou que caminhar com mais de três pessoas nas ruas da cidade poderia ser considerada desobediência civil pelo governo chinês.

“Não precisava, mas fui ao mercado só para sair de casa. As ruas continuam bem vazias; o governo não pode considerar eu ter ido comer pizza na casa da minha amiga como desobediência civil porque éramos só 3 pessoas (mais que isso é desaconselhado)”, relatou em um dos seus tuites.

Comprar máscaras é quase um “contrabando”

Em seu nono dia de relatos sobre a situação, Analu ainda destacava que evitava sair de casa. O uso de máscara é algo essencial para quem quer sair. Contudo, ela explica com o aumento das vendas, encontrar os itens é difícil. “Não sai de novo, mas uma amiga passou aqui pra trazer umas máscaras (quase um contrabando)”.

Temperatura verificada por agentes de segurança

Em seu décimo terceiro dia de relato, a brasileira comentou que ao sair de casa teve sua temperatura verificada por um guarda. “+ um dia lindo, temperaturas quase amenas chegando a 10°; só desci p/ tirar o lixo e o guardinha fez questão de checar minha temperatura”.

Apenas uma pessoa pode sair dos apartamentos

Visitar os vizinhos? Proibido. Sair mais de uma pessoa por aparamento também. “Aparentemente meu prédio tem sim o cartãozinho «Só saí 1 por apartamento», mas eles não entregaram para as estrangeiras aqui; renovamos o contrato de aluguel por celular (não se pode visitar outros apts mesmo)”.

Apenas no vigésimo nono dia, a brasileira sentiu que sua rotina voltava ao “normal” ao conseguiu sair de casa e voltar a trabalhar na escola em que ministra aulas.

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