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Carnaval de São Paulo: além de celulares, carros também são visados por bandidos

O Carnaval na cidade de São Paulo ganhou novas dimensões na última década com o sucesso dos blocos de rua. Se antes o feriado servia como uma oportunidade de sair da capital ou de curtir uma cidade mais tranquila, hoje milhares de pessoas saem às ruas para aproveitar os desfiles e a programação cultural gratuita.

O movimento, porém, é uma oportunidade para criminosos, que passaram a frequentar os blocos para furtos, roubos e fraudes envolvendo cartões e notas falsas. A insegurança não fica restrita às vias onde ocorrem os eventos, sendo ruas próximas aos desfiles ou acessos ao metrô também bastante visados pelos bandidos.

Nelas, o risco é para o furto ou roubo de veículos. De acordo com um levantamento da empresa de rastreamento Ituran Brasil, que colabora com cinco grandes seguradoras, bairros mais distantes do centro são regiões onde os crimes são mais comuns. «Os foliões estacionam os veículos próximos de estações de metrô ou pontos de conexão com transporte público e, posteriormente, se deslocam para os blocos e eventos. Sabendo disso, os ladrões atacam», afirma o gerente de operações da empresa, Rodrigo Boutti.

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Entre os bairros que se destacam estão São Mateus, Itaim Paulista, Guaianases e Fazenda da Juta, na zona leste, Socorro e Grajaú, na zona sul e Pirituba e Freguesia do Ó, na zona norte. Já Pinheiros, na zona oeste, está entre os que mais concentram casos de furtos – a região é uma das que mais recebe desfiles de blocos.

Quatro a cada dez carros verificados pela Ituran Brasil ocorrem a noite. Os demais períodos – madrugada, manhã e tarde – possuem aproximadamente o mesmo número de ocorrências. A empresa utiliza dados de clientes durante o Carnaval de 2019, mas não informa o número total de roubos e furtos por considerar as informações sigilosas.

Outro dado verificado pela rastreadora é que o carro Fiat Palio é o mais visado pelos ladrões, sendo um a cada cinco casos registrados. Em seguida, aparecem os modelos Ford Ka (16%), Hyundai HB20 (13%), Volkswagen Fox e Volkswagen Gol (11%). “Um veículo demora poucas horas para ser totalmente desmontado e, até o folião perceber a perda, o patrimônio já desapareceu”, diz Boutti.

Uma sugestão do gerente é evitar deixar o carro na rua, procurando estacionamentos com seguro. «Isso previne o furto e a abordagem no embarque e desembarque do veículo.»

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