No ano passado, foram vendidos 44,7 mil imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo, um salto de 49,5% em relação a 2018. Já os lançamentos tiveram aumento de 49,6%, para 55,5 mil unidades.
Tanto os lançamentos quanto as vendas foram os maiores já registrados desde 2004, início da série histórica do levantamento do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
A entidade atribui o crescimento nas vendas, principalmente, ao atendimento à demanda reprimida nos anos de crise econômica do país, de 2014 a 2017. Segundo o sindicato, com um ambiente econômico mais favorável, o comprador, em especial o de mais baixa renda, “retomou a confiança e voltou aos estandes de vendas”.
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Em relação aos lançamentos, houve aumento de unidades econômicas e compactas, com destaque para as regiões periféricas da cidade.
“O percentual de 66% de imóveis com menos de 45 m² está muito acima da média histórica, que é de 25%”, observa Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP. Para ele, a predominância de produtos com as mesmas tipologias pode trazer riscos futuros, além de limitar a escolha do consumidor.
Jafet ressalta que a produção de imóveis para a classe média e alta está bem abaixo da média, em consequência das restrições da lei de zoneamento atual. “Em 15 anos, a média de imóveis lançados para esse público foi de 24 mil imóveis. E, em 2019, foram lançadas pouco mais de 18 mil unidades para essa demanda, uma queda de 22%.”
Sobre as perspectivas para o ano de 2020, o Secovi-SP afirma que aguarda o andamento da reforma tributária e o seu atendimento às especificidades do setor.
Segundo a entidade, a expectativa é que o mercado imobiliário repita o bom desempenho de lançamentos e vendas de 2019, com crescimento de 10% em termos de VGV (Valor Global de Venda) – receita total das empresas.