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Não quis ofender e peço desculpas, afirma Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas pela declaração em que comparou, na última sexta-feira, servidores públicos a parasitas. A mensagem foi enviada nesta segunda-feira a alguns jornalistas.

“Eu me expressei muito mal, e peço desculpas não só a meus queridos familiares e amigos mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem descuidadamente eu possa ter ofendido”, afirmou.

Guedes disse que sua fala foi tirada de contexto e que se referia a estados e municípios em casos extremos. “Quando toda a receita vai para salários e nada para saúde, educação e segurança”, justificou.

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Na sexta, ao falar sobre privilégios do funcionalismo, o ministro afirmou que “o hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático. A população não quer isso”.

As declarações geraram manifestações contrárias de entidades que representam categorias do funcionalismo e, no fim da tarde de sexta, o ministério divulgou nota afirmando que a fala de Guedes havia sido tirada de contexto.

A polêmica acontece no momento em que o governo finaliza o projeto de reforma administrativa em que proporá mudanças nas regras de reajustes salariais e de promoções para novos servidores.

Sem citar o nome do ministro da Economia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou ontem o uso de “termos pejorativos” para defender a reforma administrativa, mas disse apoiar a decisão do governo de promover mudanças ainda este ano.

“Todos os serviços públicos têm que ser tratados com muito respeito e usos de termos pejorativos criam conflitos, mas há uma concentração de renda que a população não concorda mais”, disse Maia durante um evento no Rio de Janeiro.   

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